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Pesquisa é desenvolvida pela UFG | 17.03.21 - 21:53
(Foto: divulgação)A Redação
Goiânia – O Hospital das Clínicas de Goiânia (HC-UFG) vai começar a utilizar um exame para a detecção do coronavírus Sars-Cov 2 cujo resultado fica pronto em uma hora. O novo teste é resultado de uma pesquisa científica desenvolvida na Universidade Federal de Goiás (UFG).
O teste RT-LAMP conta com tecnologia que detecta a presença do RNA do vírus na fase da infecção ativa, na mesma janela do exame padrão ouro, o PCR – de 3 a 10 dias. Além disso, ele é mais barato e não necessita de instrumentação sofisticada.
Inicialmente foram disponibilizados 500 testes para o hospital. A próxima etapa do projeto é a transferência de tecnologia para o maior número possível de instituições, públicas ou privadas, fazendo com que os benefícios alcançados com essa tecnologia sejam disponibilizados para a sociedade nos diferentes meios de assistência à saúde.
Os recursos para o desenvolvimento dos testes vieram do Ministério Público do Trabalho de Goiás (MPT-GO), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Foram destinados, até o último dia 9, cerca de R$ 1,7 milhão de reais ao projeto.
O diretor do HC-UFG/Ebserh/MEC, José Garcia, ressaltou que o teste tem ótima qualidade e, como fica pronto rapidamente, auxilia com relação ao isolamento dos pacientes, que antes tinham que aguardar mais tempo isolados antes de saber o diagnóstico para covid-19 ou outra doença respiratória que exige tratamentos diferenciados. “No atual momento da pandemia, toda facilidade no diagnóstico é muito importante”, avaliou Garcia.
Validação do teste
O projeto teve início no primeiro semestre de 2020 na UFG e já foi validado, com cerca de mil testes aplicados na população. Em breve, deve ser disponibilizado um edital público para a viabilização da transferência de tecnologia para outras instituições. “A equipe do projeto fará o treinamento em outros hospitais de forma gratuita, fazendo com que este diagnóstico seja mais rápido e que possa salvar vidas”, afirma Gabriela Duarte, coordenadora da pesquisa.
A professora do Instituto de Ciências Biológicas da UFG, Elisângela Lacerda, que também participa da pesquisa, explica que “a inovação tecnológica está próxima de se tornar acessível à sociedade, por meio de empresas e instituições com capacidade de produzir, fornecer ou comercializar na forma de novos produtos, processos ou serviços".