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“Se nada for feito”

Goiás pode ter mais de 18 mil mortes por covid-19 até setembro, estima UFG

Pesquisa sugere estratégias de enfrentamento | 29.06.20 - 09:29 Goiás pode ter mais de 18 mil mortes por covid-19 até setembro, estima UFG (FOTO: DIVULGAÇÃO)
 
Mônica Parreira
 
Goiânia – Goiás pode saltar de 435 para mais de 18 mil óbitos acumulados pela covid-19 até o final de setembro se o índice de isolamento social continuar baixo. A projeção, partindo da hipótese de “deixarmos tudo como está”, foi apresentada nesta segunda-feira (29/6) pelo professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Thiago Rangel, durante a reunião entre o governador Ronaldo Caiado e prefeitos municipais. “É um numero de óbitos inadmissível, imoral, inaceitável. Deixar como está não é aceitável”, resumiu o pesquisador, que também mostrou duas alternativas para evitar tal cenário.
 
A projeção considera a taxa de isolamento social registrada nos últimos dias em Goiás, cuja média é de 36,89%. Nesse cenário, Thiago explicou que até o final de julho, seriam necessários dois mil leitos diários de UTI – estrutura que o Estado não possui, mesmo considerando a rede pública e privada. “Podemos ter colapso no sistema hospitalar no final da primeira quinzena de julho”, alertou. Se isso acontecer, o pesquisador da UFG indicou que a curva de mortes será ainda mais agressiva, já que pessoas vão morrer “pela falta de atendimento”, podendo extrapolar a marca dos 18 mil óbitos.  

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Thiago integra um grupo de trabalho da UFG que estima a evolução da covid-19 no Estado. Desde o início da pandemia, essa equipe apresenta notas técnicas com projeções que, até então, têm semelhança com a realidade. Uma das constatações dos pesquisadores é que o isolamento social está, sim, diretamente relacionado à redução da velocidade da pandemia. Outro exemplo na eficácia dos estudos está na comparação da “estimativa x realidade”, com ocorrência da quantidade de óbitos dentro da margem prevista. Os estudos podem ser acessados clicando aqui
 
Cenários alternativos
Na apresentação da pesquisa, Thiago Rangel projetou dois cenários alternativos para Goiás. Um deles considera o fechamento total, ou seja, o lockdown (gráfico abaixo). Nesse caso, até setembro “seriam evitadas cerca de 13,407 mil mortes”. Para efeito comparativo, o pesquisador disse que a quantidade de pessoas que poderiam ser salvas com essa medida equivale à população total do município São João D’Aliança. “O planejamento precisa ser de longo prazo e o fechamento da economia não é única medida que nós temos”, revelou. 
 
 
Para o pesquisador, Goiás precisa sair da “dicotomia entre lockdown versus não fazer nada”, já que existem outras alternativas. Como exemplo, mostrou uma opção intermediária [contemplando a saúde e a economia], que propõe a alternação entre 14 dias de fechamento total e 14 dias de flexibilização (gráfico abaixo) nos municípios onde a covid-19 está avançando mais depressa. Aliado a isso, Thiago propôs realizar um rastreamento de contato. “Ficar 50% [do tempo] fechado salvaria 61,5% das pessoas, ou seja, 8.360 vidas. Isso é toda população de Cachoeira Dourada.” 
 
 

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