Lucas Cássio
Goiânia – O Ministério da Educação (MEC) desbloqueou nesta segunda-feira (30/9) parte do recurso contingenciado das universidade e institutos federais de todo o país. Em Goiás, as instituições receberam cerca de R$ 33 milhões. Para a Universidade Federal de Goiás, o montante foi de R$ 13,408 milhões.
Segundo o reitor da UFG, Edward Madureira, o recurso minimiza parte dos problemas financeiros, mas a curto prazo. “A gente entra em uma normalidade entre aspas, já que alguns contratos permitem que a gente fique até 90 dias sem suspensão dos serviços com 90 dias de contas em aberto”, disse.
“Vamos priorizar pagar as faturas dos contratos em aberto há mais tempo. Isso está sendo trabalhado por nossa equipe. Devemos saldar com vários fornecedores essas contas mais antigas”, explicou o reitor da UFG.
No final de setembro, a UFG divulgou que, por conta do contingenciamento, as despesas de serviços de fornecimento como de água, energia elétrica, segurança e limpeza ficaram atrasadas desde junho deste ano. Com isso, a dívida da universidade chegou em mais de R$ 21 milhões.
Com o desbloqueio anunciado ontem, tendo em vista o valor da dívida da UFG, a universidade ainda terá débitos na ordem de cerca de R$ 8 milhões. Porém situação pode voltar a se complicar. Segundo o reitor, a despesa mensal da UFG fica perto da casa dos R$ 7 milhões. “Nós temos, daqui até o fim do ano, a necessidade de um aporte de recursos para que a gente consiga chegar até o final do ano, além do que está bloqueado, de um quantitativo de R$ 7 milhões a cada mês”, afirmou.
Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, no próximo mês uma nova parcela deve ser liberada para as universidades, mas não garantiu a liberação do total congelado.
Para Universidade Federal de Jataí foi destinado R$ 2,094 milhões e para a de Catalão R$ 1,831 milhão. Já para o Instituto Federal Goiano (IF Goiano) foram liberados R$ 8,296 milhões e para o Instituto Federal de Goiás (IFG), R$ 7,571 milhões.