A Redação
Goiânia - Um único gesto de solidariedade pode salvar até quatro vidas. Esse é o número de pessoas que podem ser beneficiadas pela doação de uma bolsa de sangue, que contem em média 450 mililitros. O sangue pode ser usado em pacientes que sofreram traumas ou precisam passar por cirurgias, mas da substância também podem ser extraídos componentes que ajudam no tratamento de diferentes doenças.
“A indicação da transfusão de sangue pode ocorrer para vários tipos de tratamento de saúde, não só cirúrgicos, mas também clínicos”, explica a assessora administrativa do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), que administra o Hemocentro, Denyse Goulart.
O sangue é formado por substâncias como hemácias, plaquetas, plasma e crioprecipitado, que podem ser utilizados, respectivamente, em perdas de sangue e distúrbios sanguíneos, tratamentos oncológicos e queimaduras, entre outras situações.
“Comumente, o uso do sangue é prescrito para corrigir deficiências no transporte de oxigênio e hemostasia, a partir de perdas agudas ou crônicas de sangue e/ou alterações na produção de hemácias, plaquetas ou proteínas da coagulação sanguínea”, esclarece.
Avaliação clínica
Denyse explica que a indicação do uso do sangue deve ser feita a partir da avaliação clínica do paciente. “O médico busca identificar sinais e sintomas que apontem para repercussões clínicas da deficiência que deve ser corrigida e, não apenas, o tratamento de alterações laboratoriais. Dessa forma, observa-se a prescrição de sangue e seus derivados de forma preventiva, como reserva para possíveis sangramentos abundantes em cirurgias eletivas, como bariátrica e histerectomia, por exemplo”, afirma.
Existem diferentes tipos de doenças do sangue, de acordo com o componente sanguíneo afetado como as anemias (glóbulos vermelhos), leucemias (glóbulos brancos), púrpura trombocitopênica imune (plaquetas) e hemofilias (proteínas plasmáticas).
Veja algumas das utilidades dos componentes do sangue:
Hemácias – indicadas para tratar anemias e hemorragias agudas.
Plaquetas – indicadas para reposição nos casos em que esse componente se apresente baixo e coloque o paciente em risco de hemorragias, caso de plaquetopenias por falência medular, distúrbios associados a alterações de função plaquetária, transfusão maciça, dengue hemorrágica e outros.
Plasma – indicado no tratamento de pacientes com distúrbios de coagulação, púrpura trombocitopênica trombótica e outros. As substâncias extraídas do plasma podem ser utilizadas como medicamentos para tratamento de queimados, pacientes em terapia intensiva e de doenças como cirrose hepática, aids e hemofilia.