A Redação
Goiânia - A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) promove, desde segunda-feira (17/6), uma capacitação para profissionais que darão continuidade ao método Canguru em suas Unidades Básicas de Saúde (UBS). O Curso de Formação de Tutores do Método Canguru na Atenção Primária – Cuidado Compartilhado, é oferecido para 33 profissionais da rede básica e das regionais de saúde, que serão multiplicadores do método nos municípios goianos.
A humanização da atenção ao recém-nascido prematuro, conhecido como método Canguru, é uma ferramenta que busca preparar o bebê que foi retirado do ambiente intrauterino antes da completa gestação. O método também prepara a família para receber a criança, indicando cuidados específicos para um bom desenvolvido do prematuro fora do ambiente hospitalar.
A subcoordenadora da Área Técnica de Saúde da Criança, da Gerência de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, Anna Cecília Rodrigues, lembra que o Método Canguru Hospitalar já é desenvolvido há algum tempo na unidade referência da SES-GO, o Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI).
Agora, a intenção é disseminar essa técnica na atenção primária, que serve como uma ponte entre o hospital e a família do bebê prematuro. “O HMI já está há quase 20 anos trabalhando com esse método e agora precisamos ampliar esses cuidados lá nas unidades que darão continuidade na assistência desses bebês”, afirma.
Segundo ela, são aplicados diversos cuidados no Método Canguru Hospitalar, observando iluminação do local de internação, ruídos externos, cuidados de alimentação, entre outros. Objetivo é propiciar o máximo de conforto possível a esses recém-nascidos que ainda não estavam prontos para o nascimento.
“A forma como tocar, conversar e os cuidados com o ambiente em que este bebê está internado são pontos cruciais para um bom desenvolvimento do prematuro com o mínimo de sequelas possíveis. A família também é orientada, visto que ainda não estavam prontos para a chegada desse bebê, que nasceu antes do esperado”, explica.
Capacitação
Durante o curso, que tem carga horária de 24 horas, os profissionais de diversas formações – nutricionistas, enfermeiros, médicos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais – passam por exposições teóricas, oficinas e debates, que permitem a interação entre os profissionais, que levam situações reais de suas unidades para as discussões em grupo.
Além do conteúdo teórico, os futuros tutores também fazem uma visita técnica ao HMI para conhecer de perto a aplicação do método Canguru Hospitalar, podendo tirar dúvidas e aprimorar os conhecimentos obtidos no decorrer do curso. Anna Cecília Rodrigues lembra que todo o processo de capacitação é acompanhado por consultoras do Ministério da Saúde, que também avaliam a aplicação do método no HMI.