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Para ele, recuperação dos EUA será lenta | 06.06.13 - 07:43
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, mantem o tom otimista - (Foto: Antonio Cruz/ABr) Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse, nesta quarta-feira (5/6), que "apesar da volatilidade, estamos hoje com um câmbio mais flexível, mais flutuante do que em outras épocas, com menos intervenções". Em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada nesta quinta-feira (6/6), Mantega afirmou que o Banco Central não está comprando divisas há muito tempo e as operações de swap cambial estavam praticamente zeradas até a semana passada.
"Estamos gradualmente tirando a incidência do IOF", disse, acrescentando que "tínhamos retirado sobre a renda variável e, agora, retiramos da renda fixa". De acordo com ele, não há mudança da política cambial, mas apenas do grau de intervenção. "É a mesma política adaptada ao momento". O ministro comentou a recuperação da economia dos Estados Unidos, à luz da perspectiva de retirada de estímulos monetários do Federal Reserve, que impulsionou o dólar ante o real.
Na avaliação de Mantega, a recuperação norte-americana será lenta. "Os americanos não têm o crescimento sólido e o desemprego não chegou aos 6,5% que o Fed havia estipulado para começar a retirada de estímulos. Mas os mercados gostam de antecipar, porque, com essa volatilidade, ganham dinheiro".
Questionado se o câmbio na faixa de R$ 2,10 é algo mais permanente, Mantega respondeu que "acho que teremos volatilidade, idas e vindas ao sabor das notícias. Se a recuperação não se consolidar, o Fed manterá os estímulos. Por enquanto os sinais são erráticos". O ministro previu maior volatilidade no curto prazo, mas disse que a taxa de câmbio refletirá mais os fundamentos econômicos. Mantega também foi questionado se o IOF sobre derivativos pode ser retirado. "Não sei se vou retirar ou não", disse, acrescentando que estão previstos IPOs este ano e que já foram feitas captações da Petrobras e Banco do Brasil Seguridade.
"A situação está mais equilibrada e o câmbio tende a flutuar de forma mais perfeita". O ministro também foi perguntado sobre especulações em torno das decisões de juros no governo Dilma Rousseff. "O BC decide quando e quanto tem de aumentar. Não tem nenhuma interferência nossa." Quanto ao investimento, Mantega prevê, para este ano, uma expansão de 6% a 7%. Segundo ele, não há dúvida de que o processo de recuperação do investimento está em curso e vai "pegar fogo" a partir de 2014 graças ao efeito das concessões de infraestrutura. (Agência Estado)