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Economia

Governo de Goiás dobra volume de investimentos no 3º bimestre de 2025

Estado também ampliou receita no período | 30.07.25 - 16:08 Governo de Goiás dobra volume de investimentos no 3º bimestre de 2025 (Foto: Secom/Goiás)
A Redação

Goiânia - 
O Governo de Goiás ampliou a receita e acelerou os investimentos públicos no 3º bimestre de 2025. É o que mostram os resultados fiscais do governo, divulgados pela da Secretaria da Economia, nesta quarta-feira (30/7). Os dados do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO), que serão disponibilizados no Portal da Transparência destacam o crescimento de 109% nos investimentos públicos, além da continuidade da trajetória de alta das receitas estaduais.
 
Somada à ampliação dos investimentos, a adoção de decisões estratégicas voltadas à quitação de passivos resultou em um déficit orçamentário no período, dentro de um contexto de responsabilidade fiscal e fortalecimento da capacidade de investimento do Estado.
 
A Receita Corrente Líquida (RCL) somou R$ 44,40 bilhões no período de 12 meses encerrados em junho de 2025, o que representa um crescimento de 10,7% em relação aos R$ 40,11 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior. O desempenho reflete a combinação de fatores como a conjuntura econômica favorável, a eficiência arrecadatória e os avanços na modernização da administração tributária.
 
As receitas totais realizadas até junho de 2025 alcançaram R$ 23,85 bilhões, um incremento de 9,87% sobre os R$ 21,70 bilhões apurados em 2024. Entre os destaques estão as receitas tributárias, que somaram R$ 12,50 bilhões no acumulado do ano, com crescimento de 6,20% em relação ao mesmo período de 2024, quando totalizaram R$ 11,76 bilhões.
 
Investimentos em alta
O volume de investimentos públicos mais que dobrou, passando de R$ 766 milhões, no 3º bimestre de 2024, para R$ 1,60 bilhão no mesmo período de 2025, um crescimento de 109,1%, com foco em infraestrutura e na melhoria dos serviços públicos.
 
Além disso, o Estado realizou pagamentos extraordinários da ordem de R$ 1,5 bilhão, refletindo a prioridade do governo na quitação de passivos. Entre os principais destaques estão a antecipação de precatórios, R$ 784 milhões referentes aos exercícios de 2020 e 2021, e a recomposição do fundo de reserva, no valor de R$ 740 milhões.
 
As ações planejadas do governo em acelerar investimentos estratégicos e realizar pagamentos extraordinários influenciaram no resultado orçamentário, que até o 3º bimestre apresentou déficit de R$ 321 milhões, contra o superávit de R$ 2,66 bilhões no mesmo período de 2024.
 
A despesa total liquidada cresceu 26,88%, em comparação com o mesmo bimestre de 2024, chegando a R$ 24,17 bilhões, influenciada pelo aumento dos investimentos e outras despesas correntes.
 
Vinculações constitucionais
O Governo de Goiás destinou recursos significativos às áreas de Saúde e Educação ao longo do 3º bimestre de 2025. Os dados revelam empenho contínuo no atendimento às vinculações constitucionais, alinhados à trajetória de cumprimento ao longo do exercício fiscal. Na saúde, houve aplicação de 15,15% da RCL, superando o mínimo constitucional de 12%.
 
O valor aplicado em educação aumentou de R$ 3,89 bilhões, até o 3º bimestre de 2024, para R$ 4,09 bilhões no mesmo período de 2025. O montante representa 24,30% da Receita Líquida de Impostos e Transferências (RLIT). Historicamente, os investimentos na área se intensificam no segundo semestre, o que reforça a expectativa de cumprimento integral do mínimo constitucional de 25% até o final do exercício.
 
Controle das despesas correntes
O Governo de Goiás mantém o controle das despesas correntes, em conformidade com o art. 167-A da Constituição Federal, que impõe restrições ao ente federativo quando a razão entre despesas correntes e receitas correntes ultrapassa 95%. A regra busca preservar o equilíbrio fiscal e garantir margem para investimentos e políticas públicas sustentáveis.
 
No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador apurado ficou em 90,20%, abaixo do limite constitucional de 95%. O resultado foi impactado por despesas extraordinárias não recorrentes, como a antecipação de precatórios e a recomposição do fundo de reserva, que são classificadas como despesas correntes, mas têm caráter pontual e não afetam a trajetória estrutural do gasto.
 
A análise da série histórica demonstra que o Estado tem reduzido de forma consistente, desde 2019, o comprometimento da receita com despesas correntes, que chegou a ultrapassar 99% naquele ano. A atual elevação, no 3º bimestre, reflete as decisões estratégicas para saneamento de passivos.
 
Mesmo com a execução de medidas voltadas à regularização de passivos e à ampliação dos investimentos, o Governo de Goiás segue comprometido com a sustentabilidade fiscal. A condução responsável das finanças públicas busca consolidar uma gestão que transforma o crescimento da arrecadação em avanços estruturais e benefícios para a população.

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