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Comércio exterior

Goiás e México ampliam diálogo comercial em encontro na Fieg

Missão comercial foi anunciada | 08.04.25 - 19:32 Goiás e México ampliam diálogo comercial em encontro na Fieg Fieg recebeu visita do embaixador do México no Brasil, Alejandro Ramos Cardoso (Foto: Divulgação/Fieg)
A Redação

Goiânia -
 Empresários dos setores de Alimentos industrializados, Mineração, Saúde, Fármacos e Agroindústria participaram terça-feira (8/4) do encontro Oportunidades de Negócios entre México e Goiás, promovido pelo Conselho Temático de Comércio Exterior (CTComex) da Fieg, em parceria com a Embaixada do México no Brasil e a Câmara de Comércio México-Brasil (Camebra). O evento, na Casa da Indústria, em Goiânia, teve como foco o fortalecimento das relações comerciais entre os dois países, com destaque para o potencial da indústria goiana no mercado internacional.
 
A abertura foi conduzida pelo vice-presidente da Fieg, Emílio Bittar, que ressaltou o papel do evento na aproximação econômica entre Brasil e México. “Este evento fortalece a relação entre Brasil e México. Ainda não entendemos com clareza os impactos que as medidas restritivas impostas pelo governo norte-americano terão no comércio bilateral, mas temos que estar unidos para manter um ambiente de negócios próspero para as empresas”, afirmou.
 
Na oportunidade, foi anunciada a realização de Missão Comercial ao México, com foco no setor agroalimentar. A iniciativa, organizada pela Fieg em parceria com a Apex-Brasil e a CNI, terá como destino a Expo Agroalimentaria Guanajuato 2025, que ocorrerá de 8 a 16 de novembro de 2025, na cidade de Irapuato, Estado de Guanajuato. A programação inclui visita à feira, rodadas de negócios com potenciais compradores e visitas técnicas a empresas e instituições mexicanas.
 
Emílio Bittar reforçou a importância da colaboração institucional para o êxito das ações futuras. “Solicitamos o apoio da Embaixada nessa missão empresarial ao México, sobretudo na articulação institucional e no fortalecimento das conexões locais, fundamentais para o sucesso da iniciativa. Contamos com o engajamento de todos e com o apoio da Embaixada para que essa missão seja um marco nas relações econômicas entre nossos países.”
 
O presidente do CTComex, William O'Dwyer, destacou o objetivo central do encontro. “O evento de hoje busca estreitar os negócios bilaterais com o México, com a presença de representantes de múltiplos setores que se destacam na economia goiana”, afirmou. Segundo ele, iniciativas como essa são fundamentais para ampliar mercados e atrair investimentos para o Estado.
 
Presente no evento, o embaixador do México no Brasil, Alejandro Ramos Cardoso, enfatizou que, apesar da ausência de um acordo comercial ambicioso entre os dois países, o Brasil figura entre os principais parceiros comerciais do México.
 
“É incrível que o Brasil e o México não tenham ainda um acordo comercial ambicioso e mesmo assim sejam grandes parceiros comerciais. Temos muito o que trabalhar nesta relação. O México está com grande procura por produtos que garantam segurança alimentar, produtos que são fortes na economia goiana”, pontuou.
 
O diplomata também confirmou o apoio da Embaixada à missão anunciada. “Recebemos com alegria a notícia da missão ao México, em novembro. Contem com o nosso apoio.”

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O conselheiro da Embaixada do México no Brasil, Marco Antonio Huerta, apresentou um panorama das oportunidades e dos desafios do atual cenário internacional. “Estamos em um momento inédito”, afirmou, ao comentar as mudanças provocadas pelas medidas protecionistas adotadas pelos Estados Unidos – país que hoje é o principal parceiro comercial do México.
 
Huerta compartilhou dados que evidenciam o potencial de crescimento da relação bilateral. Em 2023, o México exportou apenas US$ 40 milhões em produtos agroalimentares ao Brasil, contra US$ 42,2 bilhões destinados aos EUA. No mesmo ano, as importações mexicanas do setor agroalimentar originadas do Brasil somaram US$ 2,49 milhões, número ainda modesto frente à demanda do mercado mexicano por produtos com segurança alimentar. Além disso, apenas 12 dos 53 produtos agrícolas importados pelo México dos EUA também são comprados do Brasil, o que demonstra o espaço existente para expansão.
 
O comércio bilateral segue hoje parcialmente coberto pelos Acordos de Complementação Econômica (ACE 53 e ACE 55), sendo este último voltado ao setor automotivo. Apenas 10% das trocas entre Brasil e México estão amparadas pelo ACE 53, o que, segundo o conselheiro, revela a necessidade de modernização do acordo para ampliar a liberalização tarifária, promover segurança jurídica e fortalecer a integração das cadeias produtivas regionais.

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