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FUTURO TECNOLÓGICO

Inovação se torna diferencial em uma indústria em constante transformação

Desafio é preparar jovens para o mercado | 30.10.24 - 15:32 Inovação se torna diferencial em uma indústria em constante transformação (Foto: Reprodução)
Fernando Dantas
Especial para o jornal A Redação
 
Goiânia - Ao consultar o Dicionário On-line de Português, a palavra inovação é definida como ação ou efeito de inovar, novidade ou aquilo que é novo. Em uma análise mais técnica pode ser descrita como “um produto ou processo novo ou aprimorado (ou uma combinação dos dois) que difere dos produtos ou processos anteriores da organização e que tenha sido introduzido no mercado ou colocado em uso pela empresa ou indústria”, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD). É um termo que, na prática, realmente tem sido aplicado de forma acelerada em qualquer contexto de mercado, seja em processos, produtos, gestão e modelos de negócios, com o objetivo de aumentar produtividade, melhorar qualidade, reduzir custos de produção e gerar maior competitividade. 
 
A indústria, por estar em constante transformação e na vanguarda tecnológica, talvez seja o melhor exemplo de segmento econômico a investir em inovação. É só avaliar os últimos anos, com a chegada da Indústria 4.0 e as importantes mudanças proporcionadas com a introdução da Inteligência Artificial (IA), da Internet das Coisas (sigla em inglês IoT), da computação em nuvem, da robótica, entre outros. Inclusive dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelam que 69% das indústrias brasileiras utilizam alguma tecnologia digital para integrar os diferentes estágios da cadeia de valor, desde o desenvolvimento do produto até o uso final. E é um ciclo que não para, pois a Indústria 5.0 já está aí e trouxe uma nova fase da revolução industrial, movendo as engrenagens das empresas e integrando o ser humano e as máquinas, além de incorporar novos conceitos na gestão e nos processos para assegurar ainda mais eficiência e competitividade. 
 
Neste ambiente em evolução, que exige conhecimento e perfil inovador, surgem desafios como preparar jovens para atuarem em um mercado de trabalho extremamente tecnológico e em busca de profissionais criativos, ao mesmo tempo que é necessário promover mudanças culturais em indústrias e empresas para fortalecer uma gestão mais inovadora. Para especialistas, a solução é investir tanto em educação, seja do ensino básico à graduação, indo além da oferta do currículo escolar tradicional, incorporando programas e atividades de aprendizagem extracurriculares, estágios e projetos de desenvolvimento de talentos, quanto na gestão dentro das próprias empresas. 
 
 “O Sesi [Serviço Social da Indústria] e o Senai [Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial] são os primeiros e grandes parceiros nessa jornada, de saber e interpretar esse movimento de transformação acelerada que ocorre e prover soluções inovadoras, especialmente para as indústrias goianas”, defende o diretor de Educação e Tecnologia do Sesi e Senai Goiás, Claudemir José Bonatto.
 
De acordo com ele, as duas entidades têm capacidade de entender as demandas e trazê-las para o processo educacional, buscando soluções de formação alinhadas às necessidades do mercado. Desde os anos iniciais da educação básica, o Sesi investe em aulas de robótica e empreendedorismo, garantindo que crianças tenham contato com habilidades essenciais, despertando o espírito inovador e criativo que o mercado de trabalho e a sociedade tanto desejam. Já no Ensino Médio, as unidades adotam metodologias ativas que colocam o aluno no centro do processo de aprendizagem, promovendo participação mais ativa, criativa, crítica e autônoma. Neste caso, inclusive, os alunos são direcionados a torneios internacionais de robótica, olimpíadas nacionais de conhecimento e até realizam intercâmbios com estudantes de outros países. 
 
Diretor de Educação e Tecnologia do Sesi e Senai Goiás, Claudemir José Bonatto destaca que as entidades são parceiras na busca por soluções inovadoras (Foto: Silvio Simões)
 
“Além da nossa metodologia de ensino, que é diferenciada, nós investimos em infraestrutura e expansão de unidades para ampliarmos a capacidade de fazer um processo atualizado de formação tecnológica, alinhando entrega do perfil e das competências dos nossos alunos às demandas do mercado”, reforça. 
 
Ele acrescenta que há ainda a preocupação em investir no preparo dos docentes, como professores e instrutores. “São eles que fazem verdadeiramente a transformação dos nossos alunos. Então quando se tem um professor bem preparado, com uma metodologia clara, que é o caso do Sesi Senai, além de investimentos em infraestrutura, como laboratórios, máquinas, equipamentos e recursos didáticos adequados, naturalmente vamos acelerar o processo de aprovação dos alunos e gerar muitos campeões”, explica ele, em relação, inclusive, aos prêmios nacionais e internacionais conquistados por alunos de unidades do Sesi e do Senai em competições de robótica e Grand Prix de Inovação. 
 
Professor há 10 anos na unidade Sesi Senai de Aparecida de Goiânia, Paulo Ricardo Miranda de Queiroz destaca que o que o motivou a trabalhar na rede foi a oportunidade de sempre evoluir como educador. “A instituição investe na formação e na qualificação contínua dos professores, preparando-nos para as inovações que surgem no campo educacional. Hoje, percebo que tanto o Sesi quanto o Senai estão sempre à frente em relação às inovações do mercado profissional e educacional no Brasil”, informa. 
 
Para o professor - que é licenciado em Filosofia, bacharel em Psicologia e pós-graduado em Fluência Tecnológica Digital -, preparar jovens para a Indústria 5.0, por exemplo, traz vários desafios devido à rápida e constante transformação tecnológica. “Um dos principais obstáculos é o desenvolvimento de habilidades humanas e técnicas complementares. A Indústria 5.0 exige não só o domínio de tecnologias emergentes, como automação, robótica e Inteligência Artificial, mas também o fortalecimento de competências como criatividade, inovação, empatia e pensamento crítico, que muitas vezes não são suficientemente abordadas nas práticas educacionais tradicionais”.
 
Ele ressalta que outro desafio é a necessidade de uma mentalidade de aprendizado contínuo. “É crucial, pois as tecnologias e as demandas da indústria evoluem rapidamente. Os jovens devem ser preparados para uma formação que se estende além da educação formal, o que demanda uma mudança de cultura em direção ao aprendizado ao longo da vida. Por fim, a integração da ética e da sustentabilidade no ensino é fundamental, já que a Indústria 5.0 enfatiza o equilíbrio entre inovação tecnológica e responsabilidade social e ambiental”.
 
O professor Paulo afirma ainda que inovação e criatividade caminham juntas e são essenciais para trazer soluções diferenciadas para indústrias e empresas, assim como abrir portas para melhores oportunidades no mercado de trabalho. “Na Indústria 5.0, onde a personalização, a colaboração entre humanos e máquinas e a sustentabilidade são prioridades, profissionais criativos são capazes de identificar novas formas de integrar tecnologias emergentes a processos produtivos. Como disse Albert Einstein, ‘a criatividade é a inteligência se divertindo’, e isso se reflete nas inovações que surgem quando essas duas habilidades são combinadas. Inovadores conseguem propor soluções que não apenas otimizam eficiência, mas também resolvem problemas complexos com abordagens inéditas, diferenciando-se no mercado”, ressalta.  

Um dos exemplos de estímulo ao perfil inovador está na participação de alunos de unidades do Sesi Senai no programa Innovation Camp, realizado pela Junior Achievement. Por meio desse projeto, estudantes são desafiados a resolver problemas reais de empresas goianas, utilizando ferramentas de inovação e Design Thinking. 
 
Em agosto e setembro deste ano, 160 alunos de instituições da indústria participaram de uma etapa do programa. A Escola Sesi Senai de Aparecida de Goiânia é uma das que marcou presença no projeto, por meio da NEXT Stage, equipe coordenada pelo professor Paulo Ricardo Miranda de Queiroz e que venceu o desafio ‘Como as empresas podem promover a conscientização sobre reciclagem por meio da educação?’, proposta pela indústria Jaepel Papéis e Embalagens de Senador Canedo.

“Foi uma honra participar da seleção dos alunos e acompanhá-los até o momento em que vivenciaram a emocionante vitória. Estou ciente de que nossos estudantes estão bem preparados para enfrentar desafios no dia a dia, mas ter a oportunidade de aplicar esse conhecimento em um ambiente real, com demandas concretas da indústria, é uma experiência verdadeiramente gratificante. Tenho plena confiança de que eles saíram do evento transformados e motivados a buscar inovação e criatividade em suas trajetórias”, informa o professor. 
 
A NEXT Stage é uma equipe formada por cinco alunos, com perfis variados que trazem identidade ao grupo. O projeto sugerido por eles para vencer o desafio foi a Ecobox, que consiste em uma caixa comum, de grande porte, com o diferencial de ser um ponto de descarte de material reciclável. Com a ajuda da Jaepel, da comunidade e do governo, o foco é aumentar a quantidade de lixo reciclável recolhido e reduzir a poluição do meio ambiente, por meio do Sistema PPP (Parceria Público-Privada). O resultado foi o primeiro lugar, entre seis grupos discutindo o mesmo tema. 
 

Alunos da equipe NEXT Stage, inclusive o estudante Kaike Yury, junto com o professor Paulo Ricardo e representantes da empresa Jaepel Papéis e Embalagens de Senador Canedo (Foto: Arquivo Pessoal)
 
 
Um dos alunos da equipe é Kaike Yury, de 17 anos, que está no ensino médio. “A NEXT Stage é bem preparada e treinada, todos os integrantes são pessoas empenhadas e amantes do desenvolvimento e aprimoramento de soluções inovadoras para problemas da indústria”, avalia. Ele ressalta que foi um desafio criar uma solução para um tema proposto pela própria indústria. “Para mim, foi uma prova pessoal, já que naquele momento percebi que consigo fazer tudo o que me é proposto desde que eu tenha tempo para isso. Foi uma sensação ótima ganhar, não apenas pelo sentimento de vencer, mas também pelos ensinamentos e principalmente por perceber meu potencial”.
 
Kaike acredita que fazer parte de uma equipe do Sesi Senai se tornou um diferencial para o aprendizado. “Vim de uma escola pública e hoje sou bolsista no Sesi Senai e falo com propriedade que tive muitas oportunidades de crescimento profissional e pessoal estudando na unidade. O exemplo que posso citar é o próprio Innovation Camp, que me trouxe a possibilidade de conversar e aprender com empresários e pessoas que alcançaram prestígio na área. Além disso, no mundo em que vivemos, o autoaperfeiçoamento e a criação desse caráter inovador e criativo são essenciais para o mercado de trabalho, principalmente levando em consideração a velocidade do avanço da tecnologia. Ser criativo e inovador é primordial para se manter em uma posição competitiva em relação a outras pessoas e se destacar em meio à multidão que tem apenas conhecimento técnico”, enfatiza. 

Assim como é importante investir nos ensinos fundamental e médio para formar a base para ter uma visão ampla, global e inovadora no futuro, a graduação requer atenção, porque é o período de definição da área profissional a ser seguida. É uma época que demanda estudo, dedicação e investimento para conquistar diferencial no mercado de trabalho. Uma forma de ampliar conhecimento durante a graduação é fazer estágio, que é quando o aluno tem a oportunidade de colocar em prática o que aprende e até mesmo fortalecer o perfil criativo e inovador, além de obter contatos profissionais. 
 
O estudante do quarto período de Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Universidade Estácio de Sá, Lucas Pereira Rocha, de 26 anos, sabe bem a relevância do estágio para a formação profissional, por isso buscou uma oportunidade e conseguiu no Grupo Piracanjuba. Há pouco mais de seis meses atua na área de Tecnologia de Informação/Projetos, desenvolvendo atividades que contemplam desde aquelas voltadas para contribuir com a equipe e retirar possíveis bloqueios de projetos em andamento, até estar à frente de projetos reais, com custos e pessoas envolvidas. “Em apenas alguns meses de atuação, o crescimento é notável, tanto no aspecto técnico quanto nas habilidades interpessoais. Esse desenvolvimento exponencial é amplamente impulsionado pela gestão, que oferece feedbacks constantes, suporte nas demandas e um forte senso de pertencimento. A proximidade com coordenação, gerência e diretoria eleva ainda mais esse processo, desafiando o estagiário a ultrapassar seus próprios limites e atingir seu pleno potencial”, relata. 
 
Ele conta que escolheu o curso de graduação em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, porque procurava algo que estivesse voltado à proximidade com o mundo digital, tecnologia e inovação. Já o estágio veio para acrescentar e desafiar. “A escolha pelo Grupo Piracanjuba foi feita sem pensar duas vezes, pois é uma empresa que desde que me entendo por gente faz parte da minha vida, e não só por ser uma empresa duradoura, mas consolidada com a notoriedade da alta qualidade dos produtos. Os desafios de estar lá são igualmente gigantes. Adquirir experiência, saber lidar com as situações do dia a dia e atender às demandas com eficiência requer passar por diversas vivências de aprendizado. Aos poucos, essas experiências moldam o profissional, e, mesmo ao ter contato com novas situações, sempre surge algo que serve de lição para o crescimento contínuo”, destaca o estudante, que atua em uma equipe de 15 pessoas, no total. 
 
Lucas diz ainda que por causa das mudanças tecnológicas, os estagiários são estimulados a terem ideias criativas e inovadoras para agregarem à empresa. “É criado um desafio no desenvolvimento de mão de obra qualificada, o que impulsiona as pessoas a estarem sempre atualizadas no mercado. O Grupo Piracanjuba, ciente desses desafios, acrescenta nas nossas atividades programas de desenvolvimento rotineiros, buscando aprimorar nossas habilidades em outros aspectos. Além disso, no programa, cada estagiário desenvolve seu próprio projeto de melhoria em algum processo da empresa”, reforça. 
 
O foco agora, segundo ele, está no desenvolvimento na área de projetos voltados para TI, aproveitando ao máximo a experiência e o suporte da equipe e gestores da empresa. “Quero continuar crescendo profissionalmente dentro do Grupo Piracanjuba, com a expectativa de uma possível efetivação, consolidando minha carreira na empresa”, afirma.
 

Estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Lucas Pereira afirma que o Programa de Estágio estimula o desenvolvimento de ideias criativas e inovadoras (Foto: Grupo Piracanjuba)
 
É com esse objetivo estratégico de buscar e formar novos talentos para oportunidades futuras que o Grupo Piracanjuba investe no programa de estágio, em parceria, desde março deste ano, com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL). Atualmente, são 60 estagiários contratados por meio do IEL, atuando nas mais diversas áreas da empresa. “Buscamos estagiários que tenham valores conectados aos nossos, ou seja, que estejam abertos a aprender, a evoluir, a crescer e a se desafiar, sempre com foco no cuidado com as pessoas e relações”, enfatiza o diretor de Gente e Gestão do Grupo Piracanjuba, Edilson Vieira dos Anjos. 
 
Para apoiar o estagiário, o grupo trabalha em algumas frentes e pilares de acompanhamento como desenvolvimento de projeto de melhoria na área de atuação; rodas de conversas periódicas com foco em carreira e desenvolvimento; bate-papo de desenvolvimento com gestor da área; e acompanhamento nas rotinas e atividades da área. “O grande objetivo é termos pessoas preparadas para assumir oportunidades na empresa. Temos um acompanhamento consistente ao longo do programa, tanto mapeando as oportunidades e vagas, como também os interesses e o potencial do estagiário, para que possamos fazer essas conexões e ter um melhor aproveitamento dos talentos. Esse acompanhamento é realizado trimestralmente, por meio do nosso time de parceiro de negócios, gestor e o próprio estagiário”, explica o diretor. 
 
Edilson informa também que o diferencial no programa está na aproximação com os estagiários, em ouvir e entender as necessidades deles, analisando conforme o negócio da empresa e de estratégias que podem ser ajustadas. “Com isso, podemos dizer que nossos estagiários hoje são grandes embaixadores do Grupo. O nível de engajamento e valor no programa supera nossas expectativas. Acreditamos que essa aproximação tem feito toda a diferença. Além disso, sabemos que a mudança e a evolução constantes que temos tanto na indústria, tecnologia ou no próprio mercado de trabalho, trazem a necessidade de profissionais cada vez mais preparados, adaptados, resilientes e que se reinventam. Para isso, ter um programa de estágio que incentive e promova essa capacidade de resolução de problemas, de trazer soluções inovadoras, é essencial”, diz. 
 
Ao final do programa, cada estagiário do Grupo Piracanjuba deve apresentar um projeto de melhoria relacionado à área em que atua. “Essa é uma entrega obrigatória esperada. São inúmeros projetos realizados, que envolvem desde melhoria de indicadores, revisão de processos, implantação de novas rotinas, entre tantos outros. Inclusive vários trazem rentabilidade e economia real para a empresa”, informa Edilson. Para consultar vagas disponíveis e se candidatar ao programa de estágio do Grupo Piracanjuba, os interessados devem acessar o site: https://piracanjuba.gupy.io/
 
 

Diretor de Gente e Gestão do Grupo Piracanjuba, Edilson Vieira dos Anjos destaca que o nível de engajamento dos estagiários na empresa supera as expectativas (Foto: Grupo Piracanjuba)
 
O Programa de Estágio desenvolvido pelo IEL, do qual o Grupo Piracanjuba é uma das quase 20 mil empresas e indústrias conveniadas, tem sido referência em Goiás, contribuindo tanto para a formação profissional quanto para despertar o perfil inovador de estagiários. Desde 1971, quando passou a ser implementado no Estado, já encaminhou mais de 1,2 milhão de estudantes para empresas, sendo que desse total 400 mil tornaram-se estagiários – inclusive este repórter, que participou do programa de estágio no período de 2001 a 2003, junto à Agência Brasil Central (ABC). 
 
De acordo com dados da instituição, uma média de 20 mil jovens, a cada ano, são beneficiados com contratos e têm oportunidade de buscar aperfeiçoamento profissional ou desenvolver talentos. Somente em 2023, foram quase 100 mil encaminhamentos de estudantes para empresas. A taxa de efetivação dos estagiários é de 70%, dando ao IEL Goiás o título de entidade líder nacional em encaminhamento de estudantes para estágio. Atualmente, são 3,2 mil empresas mantendo estagiários encaminhados pelo IEL Goiás.
 
Entre os milhares de estudantes que conseguiram uma vaga de estágio por meio do Instituo Euvaldo Lodi em empresas ou indústrias goianas está o recém-formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Paulista (Unip), Mayk Sannder, de 23 anos. Ele fez estágio no Flamboyant Shopping Center e por ter se destacado no programa, foi efetivado como profissional na empresa. “O período de estágio foi a oportunidade que precisava de aprendizado em diversas áreas de engenharia. Tive conhecimentos nas áreas civil, elétrica e mecânica, além de analisar eficiência hídrica e energética do empreendimento, realizar rateio de energia, solicitar e acompanhar compras, gerir atividades de terceiros e obras, auxiliar equipes de manutenção em suas atividades, entre outros”, diz.
 
Por causa do estágio, Mayk participou do Prêmio IEL de Talentos em 2023, programa que visa reconhecer e premiar as melhores práticas de estágio das empresas, estagiários, jovens aprendizes e instituições de ensino de Goiás, além de bolsistas de inovação. Ele elaborou o projeto PCM Adaptável, um sistema de manutenção customizado para a necessidade do Flamboyant Shopping Center, com Chatbot Whatsapp e ferramenta única de manutenção. Entre os principais resultados alcançados para a empresa estavam melhor performance, otimização nos processos, reestruturação e personalização do PCM [Plano de Controle de Manutenção], agilidade no atendimento das solicitações de serviço, padronização de processos de manutenção etc. 
 
Com o projeto, Mayk conquistou o 1º Lugar no Prêmio IEL de Talentos Estadual 2023 e o 1º Lugar no Prêmio IEL de Talentos Nacional 2023 na categoria Projetos Inovadores – Média Empresa. “Me senti muito importante, realizado profissionalmente. Acredito que foi uma das melhores experiências que tive na vida. Desejo voltar um dia como supervisor, acho que reconhecer o jovem talento é de muita importância. Além de incentivá-lo a evoluir, acaba incentivando também todos os outros a quererem inovar e ganhar futuros prêmios”, relata. 
 

Engenheiro Mecânico, Mayk Sannder venceu as etapas estadual e nacional do Prêmio IEL de Talentos, apresentando projeto inovador desenvolvido quando era estagiário  (Foto: Divulgação)
 
Em 2024, a premiação chegou à 20ª edição e o anúncio dos vencedores da etapa estadual ocorreu no dia 22 de agosto. Na categoria Projetos Inovadores, os estagiários vencedores nas subcategorias (micro/pequena empresa, média empresa e grande empresa) receberam R$ 3 mil, além de troféu e certificado. A mesma premiação foi dada para os bolsistas primeiros colocados da categoria Inova Talentos. Os vice-campeões e terceiros colocados receberam troféu, certificado e divulgação nas mídias. Os jovens vencedores da categoria Jovem Aprendiz receberam premiação de R$ 1 mil, além de troféu e certificado.
 
“O Prêmio IEL de Talentos completou 20 anos reconhecendo o trabalho e o esforço de estudantes, bolsistas, empresas e instituições de ensino no estado. É uma premiação tradicional, que valoriza o que Goiás tem de melhor, sinalizando os talentos de um futuro próximo, que comandarão o mercado de trabalho em breve”, afirma o superintendente do IEL Goiás, Humberto Oliveira. “Já tivemos vários estagiários e bolsistas que hoje estão sendo bem-sucedidos no mercado de trabalho, fazendo a diferença positivamente. Esperamos continuar por mais 20, 30, 40 edições contribuindo para a sociedade goiana”, completa.

Para que indústrias e empresas possam inovar, ampliar resultados e melhorar a competitividade é preciso ter mais que investimentos em educação e formação profissional. É importante implementar uma mudança cultural e processos contínuos e sistemáticos, trabalhando mecanismos internos que possibilitem o surgimento de novas ideias e projetos. O foco deve ser direcionado na adoção de soluções estratégicas para aumentar a capacidade de inovação.

 
Neste cenário, o IEL traz um leque maior de atuação, que vai além do estágio, programa que hoje é referência e se consolidou no desenvolvimento de carreiras e na conexão de jovens talentos ao mercado de trabalho. “A relação entre as áreas de atuação do IEL em estágios e empresas é sinérgica e potencializadora para ambos. O Instituto atua como um mediador entre empresas e jovens profissionais, oferecendo às empresas acesso a talentos, e aos estudantes uma oportunidade para aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aula. Ao mesmo tempo, empresas que investem em uma boa gestão e inovação conseguem extrair melhor o potencial de seus estagiários, estruturando programas que alavanquem um aprendizado contínuo desses jovens e que gerem valor à empresa. Com essa combinação, a produtividade da empresa cresce, permitindo que se torne mais competitiva no mercado, alcance um maior faturamento e consiga expandir suas operações. Isso gera um ciclo positivo, onde a empresa pode contratar mais colaboradores e abrir mais vagas de estágio”, ressalta o gerente de Inovação e Soluções Digitais do IEL, Joel Matos. 
 
De acordo com ele, o Instituto disponibiliza ferramentas e metodologias que atuam desde as fases mais preliminares, de ideação, até a captação de recursos para desenvolvimento de projetos inovadores para indústrias e empresas. A atuação engloba áreas de Jovem Aprendiz, Desenvolvimento Empresarial, Educação Empresarial, Inovação, Programa de Governança Educacional (PGE) e Pesquisa. Agora, em 2024, o IEL iniciou um novo posicionamento estratégico na sua trajetória e assumiu o papel de Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT), que se coloca entre a instituição de ensino e pesquisa e as empresas e as ajuda a resolver problemas complexos, normalmente com soluções inovadoras. “Nosso objetivo é ajudar organizações a encontrar as melhores estratégias e refinar seus processos operacionais e inovadores. O resultado é que em 54 anos de mercado, o IEL Goiás já capacitou mais de 26 mil profissionais, mais de 17 mil empresas atendidas, 135 mil horas de consultoria e 26 mil horas de capacitação”, defende. 
 
Joel informa que com a meta de alcançar empresas dos segmentos privado, público, comércio e serviços e terceiro setor, o IEL tem trabalhado a gestão da inovação como solução, já que se torna essencial para acompanhar mudanças e permite que empresas se adaptem e se mantenham competitivas em um ambiente dinâmico e em constante evolução. “Alguns pontos-chave que reforçam a importância da gestão da inovação nas empresas apresentam essa perspectiva, como por exemplo, a adaptação às novas tecnologias e transformação digital, a resiliência em cenários de constante mudança, a competitividade no mercado, a inovação contínua em processos e produtos, a melhoria do engajamento dos colaboradores, a sustentabilidade a longo prazo, garantindo que as empresas acompanhem as mudanças externas, como também estimula a criação de valor contínuo e a busca por oportunidades em meio à transformação”.
 
O gerente reforça ainda que o IEL é parceiro das empresas nesse processo de gestão da inovação, oferecendo soluções profissionais diversas, desde estagiários inovadores, programa de bolsas para mestres e doutores na indústria até metodologia de gestão do conhecimento e propriedade intelectual. Para isso, atua também em conjunto com entidades estratégicas como Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Goiás), Senai, Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), entre outros. 
 
“Disponibilizamos um diagnóstico de capacidade de gestão da inovação para a empresa, com foco em duas dimensões principais, que são os fundamentos de gestão da inovação e os resultados de inovação. A análise combinada destas dimensões nos entrega o nível de capacidade da empresa, além de combinarmos com o diagnóstico de maturidade digital, baseado nos cinco domínios da transformação digital, que são clientes, competição, inovação, dados e valor”, acrescenta. 
 
Com o foco direcionado às empresas, a entidade desenvolve ainda outros programas e projetos (ver quadro abaixo). “Inovar é algo imperativo em praticamente qualquer contexto de mercado. Em todos os segmentos, mesmo aqueles mais comuns, passam atualmente por uma saturação de suas ofertas. Sendo assim, inovar em produtos, processos, modelos de negócio ou mesmo mercadologicamente é a única via de geração de competitividade”, finaliza.
 


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