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Entrevista - Henrique Ramos

'Marketing Digital em Goiás ainda está engatinhando'

Publicitário analisa as vantagens do meio | 21.03.12 - 17:14 'Marketing Digital em Goiás ainda está engatinhando' Publicitárrio Henrique Ramos, sócio-diretor da Agência ID: Marketing Digital (Foto:A Redação)
Bruno Hermano

O mercado de marketing digital em Goiás ainda está engatinhando. Esta é a avaliação do publicitário Henrique Ramos, sócio-diretor da Agência ID: Marketing Digital. Em entrevista ao jornal A Redação, ele falou sobre a presença das empresas goianas no meio digital e do crescimento deste setor no Estado.
 
Com a experiência acumulada à frente de uma das maiores agências de publicidade do Centro-Oeste, Henrique Ramos revela que, de 2011 para cá, cresceu muito a procura de empresas que buscam maior presença no meio digital. 
 
Para o publicitário, as empresas ainda estão aprendendo como explorar melhor este meio pra se aproximar dos clientes. Ramos garante que a maior vantagem do marketing digital é que ele é a única mídia que possibilita o estímulo e o retorno imediato do investimento.
 
A ID: Marketing Digital foi  criada em agosto de 2009 e já contabiliza cases de sucesso. Henrique Ramos destaca o do Flamboyant, que, segundo ele, “ é o shopping mais relevante no Facebook em nível de crescimento e volume de interatividade com o público”. 
 
Segundo o publicitário, outros clientes importantes da agência também já colhem frutos, como Fujioka, Flamboyant, Catral, Irmãos Soares, Rizzo Imobiliária, Grupo MPL e Suítes Le Jardin, em Caldas Novas. 
 
Na entrevista abaixo, Ramos fala mais sobre a importância e a forma de cada empresa explorar melhor o meio digital. 
 
AR - Para as empresas que já anunciam nos meios convencionais, quais as vantagens em anunciar também no meio digital? 
Henrique Ramos - As empresas estão procurando maior presença no meio digital e ainda estão aprendendo como explorar melhor este meio pra se aproximar dos clientes. Experimentamos um aumento grande da procura do ano passado para cá.  A maior vantagem é que o marketing digital é a única mídia que possibilita o estímulo e o retorno imediato do investimento. Na mídia de massa, o estímulo é diferente. A pessoa assiste, é impactada e tem tempo de pensar, ‘ amanhã eu vou’. Na internet, o marketing já estimula o acesso, o clik, a busca da informação e, se houver e-commerce, o consumo é imediato. Há a possibilidade de contato com a marca. O marketing digital é um meio eficiente no resultado de curto prazo.
 
Qual a orientação ao cliente que busca inserir sua empresa no meio digital?
Vendemos a gestão da presença online. Quando se cria um perfil do Twitter ou Facebook você consegue a presença online. Mas não adianta ter presença online sem ter relevância. Nosso trabalho é fazer a gestão da presença online para que a empresa tenha relevância no ambiente digital. O primeiro passo para ter relevância é ter um bom canal de comunicação. O site não é um folder online. O site foi muito trabalhado assim e até hoje há este resquício. A pessoa quer colocar o site para mostrar quem é, os produtos e o contato. Não é só isso.
 
É preciso ter conteúdo relevante, que vá fazer a diferença para o cliente. O site folder online não é um canal de comunicação. Quando falamos canal de comunicação, é um canal para vender a empresa, o produto e o contato, mas tem de haver também  conteúdo que faça a diferença, que faça com que o cliente não entre neste canal somente para consumir este produto. Um canal onde o cliente possa consultar sua marca.

Como saber o que o público quer ver?
É preciso saber o que a empresa ou pessoa tem a oferecer e o que o público procura em relação ao segmento. Qual tipo de conteúdo interessa mais, qual o canal ou aplicativo o público deste segmento costuma utilizar. É necessário um estudo do segmento. Quais os concorrentes, o que os concorrentes diretos e indiretos fazem, quais os grandes cases de mercado. Quando o canal já está estruturado, vamos estudar o comportamento do público neste canal. Quanto tempo passa online, que páginas visita, que produto procura com maior freqüência e a partir daí vamos derivando ações e estratégia. É o que chamamos de inteligência digital.
 
Quais as ferramentas básicas de uma marca que pensa sua entrada no mercado digital?
Primeiro, tem que ter o seu website, com um conteúdo relevante. Depois, a diversificação deste canal. A fragmentação. Ou seja, a criação de um blog, ou um perfil no Facebook, ou uma galeria no Flickr. Vamos gerar este conteúdo, buscar o que interessa para o público e fazer com que este conteúdo se multiplique e ganhe visibilidade. Temos que criar um canal diversificar o canal, criar um conteúdo relevante, criar ações relevantes para que o público continue envolvido, vamos trabalhar a geração de fluxo, manter  estes canais em atividade, atraindo novas pessoas. Aí entramos com a mídia digital. Que entra com links patrocinados, campanhas de mail marketing, campanhas de banner em canal de conteúdo. Trabalhamos estes quatro passos, criar o canal, diversificar, gerar conteúdo e gerar fluxo.
 
A entrada de novas tecnologias e a necessidade de estar nas redes sociais tem contribuído como crescimento do investimento na comunicação digital?
Acompanhamos um crescimento considerável no investimento em mídia digital. Primeiro pela diversificação de plataformas, como os smartphones e os tablets. Também pelo surgimento de novos veículos de comunicação, como o jornal A Redação. Outro fator é que o empresário percebe o retorno que este investimento resulta. Porque, na mídia digital, o empresário acompanha o retorno em tempo real. No caso do Flamboyant, por exemplo, mil novas pessoas seguem sua página do Facebook por semana. Isso significa que a cada semana mil pessoas tem contato com eles e estas mil pessoas têm um potencial de alcance ainda muito maior. O empresário vem percebendo o resultado disso, no trabalho dele e no trabalho dos concorrentes. O resultado que temos com uma empresa estimula outras empresas e o investimento em mídias digitais aumenta.
 
Qual marca se destaca pela presença digital no Centro-Oeste hoje?
Destaco o Flamboyant. Não há case igual no Centro Oeste. Creio que é o principal destaque de mídias sociais. É o shopping mais relevante no Facebook em nível de crescimento e volume de interatividade com o público. No lançamento da Fnac, tivemos mais de e 1,8 mil pessoas envolvidas na página do Facebook para concorrer a ingressos para a inauguração da loja. Outras empresas viram o resultado. O sucesso se deve à força da marca e ao trabalho. A Catral tem crescido bastante nas redes e o Fujioka tem obtido bons resultados.
 
O consumidor, hoje, está mais confiante em buscar informações e adquirir produtos na internet?
Temos pesquisas que mostram o aumento da confiança do consumidor frente a boas indicações no ambiente online. As pessoas comentam suas experiências e os sites, quando dão oportunidade para que os clientes se manifestem, geram confiança ou desconfiança em relação a uma empresa.  Tem empresas que recebem muitas reclamações, mas dão muitas respostas, ou seja, sempre dão feedback.  Aí elas ganham confiança. Agora, as empresas que recebem reclamação e não dão respostas ao cliente, perdem credibilidade.
 
O meio digital, hoje, é importante para a decisão de compra do consumidor. A empresa que sabe aproveitar isso, não só para comunicar oferta e preços, mas para se comunicar, todos os dias, dialogando, essa empresa ganha cofiança. Ela acaba ganhando não só os que interagem diretamente com ela como as pessoas próximas a estas que interagiram.

E quanto à presença nas redes sociais?
Com relação às redes sociais, há um ciclo. Há um período de crescimento, depois a massificação, seguida de uma fase de interação absurda e depois a queda frente a outras redes. Aconteceu com o Orkut, que perdeu para o Twitter, que agora está em queda. O Facebook só cresce.  O investimento de uma empresa vai depender do púbico presente em uma rede e do interesse deste público.

Tem clientes que têm mais relevância no Twitter que no Facebook. Depende do perfil de público. Quando uma rede social que passa a ter um acesso menor, pode significar uma qualificação. Creio que o Twitter passa por este momento, de ser um espaço mais de discussão.  Hoje em dia há os mais diversos canais de comunicação.

Como um empresário, com recursos escassos, pode definir qual deles utilizar, e de que forma eles têm destinado verbas específicas para a mídia digital?
Hoje, em Goiás, as empresas não têm uma regra específica para destinar verba para a mídia digital. Elas trabalham dentro da realidade de cada uma. Estamos estruturando com nossos clientes a possibilidade de uma verba específica para o marketing digital. Geralmente, é trabalhada a verba em conjunto com a promocional, que vai para a mídia de massa, e aí estudamos os potenciais de resultado e vamos ajustando com o cliente. O que a maioria das empresas estão buscando é um planejamento de inserção na internet para fixar uma verba. Fica restrito, mas é uma forma de disciplinar a verba para este caso específico. A partir daí vamos criando novas ações.
 

Comentários

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  • 22.03.2012 01:49 Gleidson

    Muito boa a entrevista, na minha opinião a culpa encontra-se nas empresas pequenas e medias em não acreditar no poder do Marketing Digital, Existem muitas empresas com sede em Goiânia/GO, e grandes empresas de vários ramos com seu nascimento Goiano, e continua no escuro...

  • 22.03.2012 11:57 Raphael Lacerda

    Boa entrevista, ainda falta muito para o mercado digital em Goiás, mas tem boas agências e clientes empenhados neste crescimento.

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