Mônica Parreira
Goiânia - O impasse administrativo do Vila Nova chegou ao fim. Nesta sexta-feira (14/6), no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, o novo grupo de dirigentes assume de forma oficial o comando do clube.
Joás Abrantes, que foi indicado como presidente executivo interino após a
renúncia de Marcos Martinez, é efetivado no cargo. Hugo Jorge é o vice presidente de futebol, e será auxiliado por Newton Ferreira.
José Eduardo será secretário, enquanto Carlos Alberto Barros suplente do Conselho de Orientação Fiscal (COF). Já no conselho deliberativo, Paulino Vilela assume as funções de presidente, e tem como vice Leonardo Rizzo.

(Foto: A Redação)
Leonardo Rizzo
O último presidente campeão goiano pelo Vila Nova está de volta mas, desta vez, nos bastidores. Leonardo Rizzo surge, aos olhos da maior parte da torcida vilanovense, como esperança de dias melhores para os lados do Setor Leste Universitário.
Foi em sua gestão que o Tigre faturou o último título. Eleito presidente para o biênio 2004/5, o empresário foi vice-campeão no primeiro ano e, em 2005, ergueu o troféu do campeonato sobre o rival Goiás.
Em entrevista para o Jornal A Redação, Leonardo Rizzo adiantou que a primeira coisa que o grupo administrativo encabeçado por ele vai fazer é organizar o Vila Nova. "Resolvi voltar para ver se conseguimos arrumar a casa. É ruim envelhecer sem ver o meu time estar bem. Voltei pra isso, pra ver se a gente consegue organizar o clube", disse.
Nova proposta: torcida ativa
Em campo, campanhas regulares. Nos bastidores, crises, greves, salários atrasados e até destituição e renúncia de presidentes. Para Leonardo Rizzo, o Vila Nova chegou a esta situação por causa do sistema que a administração adotou ao longo dos anos.
"Tudo recai sobre o presidente, ele tem que fazer de tudo, e isso não é possível mais continuar acontecendo. Todos aqueles que foram (presidentes), de uma certa forma, deram tudo de si, eu acredito. Trabalharam com muita dedicação, mas só isso não é suficiente. Há um déficit muito grande com relação ao que recebe e o que paga no Vila", argumentou.
O ex-presidente garante que o primeiro ponto a ser resolvido com a nova gestão são os salários atrasados. Mas, em um segundo momento, o grupo deve focar em planejamentos que possam fazer do Vila Nova um clube auto-sustentável como, por exemplo, campanhas de marketing e parcerias comerciais.
"Primeiro vamos ajeitar a casa e normalizar o pagamento no clube. Não existe mais investimento no Vila, acabou essa era de presidente chegar e colocar a mão no bolso. Isso não vai existir, esse dinheiro vai sair da torcida. Não é grande a nossa torcida? Não tem muitas pessoas que querem o bem do Vila? Então vão ter que colaborar pra gente resolver. Não tem como querer uma coisa grande se a gente não colabora, vamos explorar esse lado agora", desabafou.
Em campo
Com a pausa para Copa das Confederações, o Vila Nova só volta a entrar em campo no dia 7 de julho, diante do Mogi Mirim fora de casa. E, no que depender da nova gestão, a torcida pode sim esperar por uma boa campanha.
"Se nós estamos competindo nós temos obviamente que tocar em frente e competir para ganhar. Só que mais do que isso, o torcedor tem que estar atento com o que está acontecendo dentro do Vila Nova, e é isso que a gente propõe apresentar, esse choque que gestão, mostrando o que o Vila Nova é. Estamos propondo uma gestão transparente e esperamos a contribuição do torcedor como retorno", finaliza.
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