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'A Fórmula 1 deve acelerar para se tornar mais verde', diz Sebastian Vettel em visita ao Brasil

Tetracampeão tem analisado dados sobre o clima | 12.08.25 - 21:06 'A Fórmula 1 deve acelerar para se tornar mais verde', diz Sebastian Vettel em visita ao Brasil 'A Fórmula 1 deve acelerar para se tornar mais verde', diz Sebastian Vettel em visita ao Brasil. (Foto: Reprodução)
São Paulo - O tetracampeão mundial da Fórmula 1 Sebastian Vettel esteve no Brasil nesta terça-feira (12/8), para falar de mudanças climáticas e projetos de sustentabilidade. Embora tenha demonstrado satisfação pelo novo regulamento da categoria incluir combustíveis 100% sustentáveis, ele afirmou que a categoria deveria acelerar os processos para se tornar mais verde.

"A pegada ecológica dos carros é relativamente pequena se comparada com o resto da logística. As pessoas que viajam de uma corrida para outra. Então, acho que há muitas coisas que a Fórmula 1 já está fazendo com muito empenho. Estou animado para o próximo ano, haverá algumas mudanças nas regras quando se trata do motor. Essas coisas contribuirão para uma pegada menor, mas acho que não devemos parar por aí, porque há muito mais", disse ele no Rio Innovation Week, um dos principais eventos de inovação do País, que tem o Estadão como parceiro de mídia.

Desde que se aposentou, o piloto alemão se envolveu profundamente com as causas climáticas e de justiça social - é uma mentalidade que chama a atenção por partir de um esporte associado a um impacto ambiental grande.

Vettel contou que, a partir de sua experiência como piloto, passou a analisar os dados sobre o clima, o que gerou pessimismo sobre o futuro do planeta. "O poder de ir aos mesmos lugares com um intervalo de um ano tem sido muito forte. Lembro-me de ir a lugares como a Malásia e depois dirigir até o circuito, voltar e fazer isso no ano seguinte e no ano seguinte, e a floresta ficava muito perto do caminho para a pista, mas depois ela foi removida e desapareceu, e só restaram palmeiras para o cultivo de óleo de palma. Então, a paisagem mudou e, claro, você começa a ouvir mais sobre a pegada de CO2, a futura crise climática. No início, fiquei bastante triste e pessimista em relação ao futuro, porque os números não pareciam muito bons. Mas então comecei a procurar pessoas, a conhecer gente, a me abrir e a conversar com as pessoas, e o que recebi em troca foi muita positividade, muito otimismo"", disse ele.

Amazônia
Ele também citou a visita recente que fez à Amazônia como 'impactante". O alemão afirma que demorou para se posicionar sobre questões relevantes durante a carreira e considera isso um arrependimento que carrega. "Comecei a retribuir um pouco tarde na minha carreira. Talvez esse seja um dos meus arrependimentos. Ser realmente franco sobre as coisas que são importantes para mim, porque acho que os temas que tento abordar são provavelmente áreas que são importantes para todos nós. Vivemos no mesmo planeta. Podemos gostar de coisas diferentes", disse ele.

O ex-piloto afirmou ainda que espera que a nova geração de pilotos se posicione mais sobre questões que vão além dos circuitos. Ele citou o inglês Lewis Hamilton como um exemplo a ser seguido.

Retorno?
Sobre se planeja voltar à Fórmula 1 e exercer sua influência, ele foi claro: pilotar está fora de questão, mas ele disse que gostaria de trabalhar nos bastidores da categoria. Na palestra de 40 minutos, Vettel dedicou pouco tempo a falar sobre o piloto brasileiro Gabriel Bortoleto, mas o chamou de "promissor".

"Ele ainda é jovem, mas acho que está aprendendo muito rápido e progredindo aos poucos, e parece que ele vai na direção certa. O carro não é muito forte, mas provavelmente o ajuda a desenvolver agora todos os mecanismos que são importantes na Fórmula 1, e seria ótimo vê-lo se aproximando do topo nos próximos nos, mas, como eu disse, ele parece muito promissor. Tenho certeza de que você estará por aí por muito tempo. Então, depois da seca (de pilotos brasileiros), tenho certeza de que o Brasil poderá desfrutar por muitos anos", afirmou. (Agência Estado)

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