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Esporte

Presidente da CBF é blindado por bancada da bola e amplia poder em Brasília

Confederação fala em 'perseguição' | 13.04.25 - 15:44 Presidente da CBF é blindado por bancada da bola e amplia poder em Brasília Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues(Foto: Staff Images / CBF)
Brasília - Uma bancada com pelo menos 22 parlamentares da esquerda à direita, uma nova casa de lobby e convescotes em jogos da seleção brasileira. Em menos de quatro anos na presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues construiu uma base de apoio em Brasília reproduzindo a mesma cartilha de Ricardo Teixeira, líder máximo da entidade de 1989 a 2012, quando renunciou em meio a denúncias de corrupção.
 
Apesar da crise que o afastou do cargo provisoriamente, de polêmicas sobre manipulação de resultados e, agora, da denúncia de aparelhamento da entidade máxima do futebol, o cartola tem uma rede de contatos na Câmara e no Senado que o blindam no Legislativo e atuam em favor dele no Poder Judiciário. Mesmo os críticos do atual presidente veem que a atual “bancada da bola” não tem o mesmo tamanho que já teve, mas os movimentos do dirigente da CBF são para reforçá-la, dentro e fora do Congresso.
 
A ação judicial por meio da qual Ednaldo conseguiu voltar ao cargo, em janeiro de 2024, foi articulada pelo PSD e movida pelo PCdoB. A decisão partiu do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que também tem negócios com a CBF a partir da instituição de ensino superior que mantém. Para Ednaldo, o que aconteceu foi um “golpe rasteiro e violento contra uma pessoa negra, de origem humilde e nordestino”.
 
A construção do poder político de Ednaldo Rodrigues passa pela manutenção de vice-presidentes que integram grupos controlados pela cúpula do Congresso, como o do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) – o Amapá está no último lugar do ranking de federações da CBF, mas está na chapa vencedora de Ednaldo. E é reforçada por deputados e senadores que atuam abertamente em favor dele.
 
O Estadão mapeou 22 congressistas com algum grau de atuação legislativa favorável a Ednaldo Rodrigues. A defesa é liderada por parlamentares da Bahia, sua terra natal, tanto governistas como de oposição. Mas também conta com congressistas que seguiam a cartilha de antecessores na CBF e transferiram o apoio a Ednaldo.
 
Todos os citados nesta reportagem foram procurados. Uma parte defendeu a atuação de Ednaldo e disse que ele é “injustiçado”, outra nega trabalhar por interesses da CBF. O restante não se posicionou. Já a CBF fala em “raivosa campanha difamatória movida por ex-colaboradores”.  (As informações são do jornal Estado de São Paulo)

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