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Santos leva 1 a 0 do Operário-PR, perde a 4ª seguida e pode despencar até 7 posições na Série B. (Foto: Divulgação) São Paulo - Em mais uma apresentação ruim, o Santos perdeu pela quarta vez seguida, desta vez do Operário-PR, por 1 a 0, em Ponta Grossa, caindo para a sexta colocação, com 15 pontos, e correndo riscos de ser ultrapassado por outros seis adversários ao complemento da 10ª rodada. O resultado desta sexta-feira (14/6) poderia ser um pouco melhor se o gol de Furch aos 50 minutos da etapa final fosse válido. Após consulta ao VAR, entretanto, foi anotado o impedimento, para enorme festa dos paranaenses, agora no G-4 da divisão de acesso.
Sport e Ceará, ambos com 15 pontos, além de Coritiba, Vila Nova, Novorizontino e Chapecoense, com 14, não se enfrentam entre si e todos poderão fechar a rodada na frente do Santos, que começou bem a competição, na liderança, e agora perdeu o rumo.
Respaldado pela diretoria, mas sob forte pressão dos torcedores santistas, Fábio Carille resolveu inovar na escalação, com o lateral-esquerdo Hayner de ponta direita, com Otero na reserva e Pedrinho na vaga do barrado Wesley Patati, também aberto pelo lado contrário - é destro e estava na esquerda. JP Chermont na lateral era outra novidade sem improviso - voltou da seleção sub-20.
As seguidas derrotas para América-MG, Botafogo-SP e Novorizontino obrigavam o Santos a se reinventar diante de um adversário há três meses sem derrotas caseiras. Uma missão a mais no Germano Krueger. Os minutos iniciais, contudo, foram bastante frustrantes aos torcedores da Baixada que esgotaram os 1,5 mil ingressos a que tinham direito em Ponta Grossa.
O time não mostrava criatividade, tampouco via as mexidas darem resultado. O semblante sério de um calado Carille na beirada do campo demonstrava preocupação. O Santos era apático em jogo ruim tecnicamente. Não criava, ao menos pouco sofria. Até uma bola parada custar caro.
O 'chuveirinho' acabou mal cortado por Gil e encontrou o zagueiro Willian Machado. Como um habilidoso atacante, o defensor driblou Pituca com facilidade (virou de costas para a bola) e bateu na saída de Gabriel Brazão: 1 a 0 em raro lance ofensivo da etapa. Dormindo em campo, o Santos quase leva o segundo com Rodrigo Rodrigues. O atacante passou por três marcadores e bateu raspando.
Clima tensão
Perdidos em campo, os comandados de Carille reclamavam um dos outros. Mas não conseguiam achar uma sintonia para modificar o panorama adverso. Falar não bastava, faltava atitude. A torcida, calada, resolveu "acordar" o time sob gritos de "Santos, Santos". Ocorre que nada dava certo no gramado.
Passes errados, faltas bobas e desentrosamento marcaram os 45 minutos do visitante, que não exigiram nada do goleiro do Operário, um figurante em campo até a pausa do intervalo. Com os experientes Furch e Guilherme recuperados de lesão no banco, mas sem condições de atuar por mais de 30 minutos, Carille resolveu fazer um mea-culpa e voltar com o até então titular Otero na vaga do apagado Hayner.
A postura santista melhorou e a equipe adiantou suas linhas. Avançada, precisava colocar a bola no chão e trabalhar melhor. Ficar nos cruzamentos a área era pouco e pobre para o quilate do elenco. Joaquim, em um dos tantos cruzamentos, desperdiçou a primeira boa oportunidade. Até se jogou na bola, com finalização torta. Aos 16 minutos, Fábio Carille colocou seus melhores atacantes em campo por um ressurgimento na partida.
Restava saber como se comportariam após muito tempo afastados por problemas clínicos. Em bom contragolpe aos 24 minutos, com seus jogadores passando facilmente pelos defensores, o Operário quase ampliou. Maxwell parou em grande defesa de Brazão. A facilidade com a qual o time paranaense atravessou o campo causou estranheza com o comportamento santista. Jacy ainda desperdiçou chance de ampliar ao carimbar a trave.
O Santos terminou o jogo na base do desespero, tentando jogar a bola para a área de qualquer local do campo. Depois de salvar o time muito em 2023 após os "chuveirinhos", desta vez Furch não foi feliz - seu gol aos 50 minjtosd foi invalidado por impedimento - e a quinta derrota na competição acabou inevitável. (Agência Estado)