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IHGG encerra programação do ano mostrando contribuição de Goiás a Brasília

Confira detalhes do evento | 27.11.25 - 23:09 IHGG encerra programação do ano mostrando contribuição de Goiás a Brasília IHGG encerra programação do ano mostrando contribuição de Goiás a Brasília. (Foto: Divulgação)
 
Jales Naves
Especial para AR

Goiânia - Goiás teve papel decisivo na mudança da Capital Federal para Brasília e na construção da nova cidade no coração do Brasil, mais precisamente em território goiano. A confirmação do significado do Estado nesse momento foi reafirmada pelo presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG), Jales Guedes Coelho Mendonça, ao destacar o pronunciamento do então presidente da Câmara Federal, deputado Ranieri Mazzilli, em 1960, que citou a Lei de Mudança Emival Caiado, para ressaltar o importante trabalho exercido pelo parlamentar goiano, da UDN, nesse processo.

O resgate dessa participação de Goiás na construção da nova Capital Federal é a base da exposição “Brasília – O alicerce goiano de um sonho brasileiro”, que será aberta no dia 5 de dezembro, às 19h, encerrando a programação de atividades deste ano do Instituto.

Às 18h haverá a quarta edição da Cantata de Natal na Casa Rosada de Goiânia, em concerto imperdível da Orquestra Sinfônica Juvenil Joaquim Jayme, sob a regência do maestro Eliseu Ferreira, e do Coro Juvenil de Goiânia, da Secretaria Municipal de Cultura. Ainda, será lançado um documentário produzido pelo cineasta Antônio Eustáquio Alves da Silva (Taquinho). A mostra sobre Brasília permanecerá durante 2026 no Instituto.
 
Maior vitória
Pesquisadora há 20 anos sobre a terceira Capital Federal e a participação de Goiás, a arquiteta Lenora Barbo, integrante do IHGG, faz um convite especial aos goianos: “celebrar um dos capítulos mais inspiradores da história nacional – a construção de Brasília!”. Curadora, juntamente com a museóloga Vanessa Resende, da exposição que começa no dia 5, esclarece que será uma imersão na trajetória da transferência da Capital do litoral para o Brasil Central. “A mostra evidencia a liderança política e a capacidade de decisão dos representantes de Goiás”, afirmou. “Queremos celebrar juntos os personagens que lutaram pela mudança da Capital para o Planalto Central e ajudaram Goiás a conquistar sua maior vitória!”.
 
Ao patrocinar a recuperação do que o tempo cuidou de apagar, ela aponta diversos palcos, de políticos, parlamentares, técnicos etc. Citou o jornalista Hipólito da Costa, que criou o jornal “Correio Braziliense”, em 1808, numa época em que ainda não havia um país nação, e, de Londres, defendia a interiorização da Capital para a região do Planalto Central; em 1912, pesquisadores da Casa Oswaldo Cruz fizeram levantamento sanitário em Goiás e em 1916 afirmaram que o Quadrilátero Cruls jamais poderia sediar a Capital do País; o historiador Henrique Silva, que atuou na missão Cruls e depois criou a revista “A Informação Goiana”, no Rio de Janeiro, para divulgar as potencialidades do Brasil Central e, mais especificamente, de Goiás, realizando, com Americano do Brasil, um trabalho maiúsculo nessa empreitada; e o deputado Sebastião Fleury Curado, que em 1892 apresentou um projeto para transferência da Capital para o interior do Brasil.
 

Arquiteta Lenora Barbo explicou que a exposição não terá peças
deslumbrantes e sim muitas histórias. (Foto: Lays Carvalho)

 
Será necessário, a partir de agora, como argumentou, que se fale dos muitos personagens que atuaram nesse período, citando dois: o senador Antônio Ramos Caiado e seus belos discursos, como o de 1924; e o deputado federal Jalles Machado, sempre lembrado pela luta para a construção da rodovia Anápolis-Belém, pois ainda não havia Brasília, e que posteriormente ficou conhecida como rodovia Belém-Brasília, eixo fundamental no desenvolvimento do país, e seus embates políticos na Câmara com o deputado mineiro Israel Pinheiro. “O Brasil precisa conhecer e respeitar Goiás e sua participação na construção de Brasília, a nossa história”, argumentou Lenora Barbo, explicando que a exposição não terá peças deslumbrantes e sim muitas histórias.

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