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Paisagens Cósmicas expõe fotografias tiradas pelo telescópio Hubble da Nasa

Exposição está aberta até 30 de novembro | 05.11.25 - 14:47 Paisagens Cósmicas expõe fotografias tiradas pelo telescópio Hubble da Nasa Mostra reúne imagens do cosmos vasto, complexo e em constante evolução (Foto: divulgação)
A Redação

Goiânia -
O Instituto Biapó, em parceria com o Planetário da Universidade Federal de Goiás (UFG), promove a exposição 'Paisagens Cósmicas' até o dia 30 de novembro. A mostra reúne 20 fotografias em grandes formatos, impressas em tecido, que apresentam diferentes visões do Universo. Além das imagens, a exposição permite ao público compreender como ocorre a formação dos astros e a evolução química da vida na Terra. 
 
A exposição é uma iniciativa da União Astronômica Internacional (IAU) desde 2009, aclamado como o ano internacional da Astronomia, e convida o público a contemplar fantásticas imagens astronômicas. Exibida em diversos países, integra ciência e arte, estimula a curiosidade sobre o Universo e celebra os 400 anos das observações de Galileu Galilei, marco fundamental para o método científico moderno, que revolucionou o conhecimento a respeito da natureza.
 
No Instituto Biapó, a exposição se une à criação poética, fortemente inspirada pelo céu. Um exemplo disso é o famoso poema de Olavo Bilac, presente no livro Via Láctea de 1888, que expressa o fascínio e o encantamento do ser humano diante do firmamento. 

“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!”. E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A Via-Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversa com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”
E eu vos direi: Amai para entende-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas

Fotografias do Hubble
Há quatro séculos atrás (1609), Galileu apontou seu telescópio para a Lua e enxergou claramente suas crateras e montanhas. Começava aí o longo caminho de conhecimento do Universo. Com o aperfeiçoamento do telescópio, fronteiras cada vez mais distantes foram se abrindo. Novos planetas, aglomerados de estrelas e galáxias e a cortina de luz gerada pelo Big Bang foram descobertos.
 
A exploração do espaço nos permitiu compreender a origem dos átomos, da água, das moléculas orgânicas e, quem sabe em breve, permita identificar sinais de vida fora da Terra. Atualmente, graças às imagens captadas pelo telescópio espacial Hubble (NASA), é possível apreciar nesta exposição registros visuais que encantam e revelam a grandiosidade do Universo em que vivemos. Por mais pequenos que sejamos diante da vastidão cósmica, nossas raízes estão ligadas ao céu, e mantemos uma profunda conexão com esse imenso palco.
 
Mostra reúne imagens do cosmos vasto, complexo e em constante evolução
Após Olavo Bilac evocar o diálogo com as estrelas, é o filósofo e poeta Paul Valéry quem afirma: “Eu contenho o Universo que me contém”. Inspirados por eles, percebemos que, ao nos aproximarmos do tempo e do espaço do cosmos, experimentamos um enriquecimento interior.
 
“A Via Láctea é a galáxia a que pertencemos. Trata-se de um sistema espiral com mais de 100.000 anos-luz de diâmetro, formado por centenas de bilhões de estrelas, além de gás, poeira e matéria escura. Observada da Terra, aparece como uma faixa luminosa atravessando o céu noturno, sendo que o Sistema Solar está situado em um de seus braços espirais, aproximadamente a meio caminho do centro galáctico. O nome latino – Via Láctea – vem do grego kiklios galaxios, que significa “círculo leitoso”. É também o nome de um conjunto de poemas, entre eles o célebre Via Láctea, de Olavo Bilac, que, ao expressar sentimentos humanos, inspira esta nossa exposição”, comenta Rafael Miloni Santucci, diretor do Planetário.
 
Serviço:
Evento: Exposição Paisagens Cósmicas
Data: Aberta até 30 de novembro de 2025
Local: Instituto Biapó (Rua Dom Cândido Penso, nº 25, Centro Histórico – cidade de Goiás)
Realização: Instituto Biapó e Planetário da Universidade Federal de Goiás

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