Escolas celebram matrizes africanas na abertura do Grupo Especial no Rio

Viradouro foi o grande destaque da noite | 03.03.25 - 09:28 Escolas celebram matrizes africanas na abertura do Grupo Especial no Rio

(Foto: reprodução/x)
A Redação

Goiânia - A primeira noite de desfiles do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro, no domingo (2/3), foi marcada por uma celebração às matrizes africanas, com quatro escolas levando para a Marquês de Sapucaí enredos que homenagearam histórias e entidades ligadas à cultura afro. A Unidos de Padre Miguel, Imperatriz Leopoldinense, Viradouro e Estação Primeira de Mangueira abriram a disputa com desfiles que mesclaram tradição, inovação e muita emoção.

A noite começou com a Unidos de Padre Miguel, que contou a história do primeiro terreiro de Candomblé do país. A escola enfrentou alguns problemas técnicos com suas alegorias e não conseguiu contagiar o público com seu samba, mas fez um desfile moderado na tentativa de garantir sua permanência na elite do carnaval carioca.

Comissão de frente UPM Unidos de Padre Miguel pic.twitter.com/B2tSVEOKh3
— Carnaval Brazil (@carnaval_bra) March 3, 2025

Em seguida, a Imperatriz Leopoldinense, atual vice-campeã, levou para a avenida o encontro entre Oxalá e Xangô, duas importantes entidades das religiões de matriz africana. O ponto alto do desfile foi a comissão de frente, que surpreendeu o público com um efeito de levitação em meio à fumaça, arrancando aplausos e elogios.

Comissão de frente da Imperatriz Leopoldinense homenageando Oxalá. pic.twitter.com/8ZuQGXAQuL
— Nossos Orixàs?? (@NossosOrixas) March 3, 2025

A Viradouro, atual campeã e terceira a desfilar, foi o grande destaque da noite. A escola homenageou Malunguinho, entidade afro-indígena, e encantou o público com um samba considerado um dos melhores da safra 2025. O casal de mestre-sala e porta-bandeira também foi elogiado, consolidando a Viradouro como forte candidata.

até agora a comissão de frente mais memorável e bela do carnaval, viradouro veio gigante... pic.twitter.com/yxu9YnKVBv
— kath parawara ?? (@butcherednyx) March 3, 2025

Fechando a noite, a Estação Primeira de Mangueira trouxe um enredo sobre a influência dos povos bantos na cultura carioca. A comissão de frente surpreendeu ao transformar os bailarinos em “crias” do morro da verde-rosa, executando coreografias de passinho, um dos momentos mais aplaudidos da noite.

Os meninos negros da favela, normalmente passam a vida inteira sobrevivendo.
Mangueira transforma eles de sobreviventes em reis do mais espetáculo da terra.
Nunca duvidem da importância de uma escola de samba. Quando ela é a maior do planeta então, esquece pic.twitter.com/gokgG9D5WC
— Thuane (@thuxthuane) March 3, 2025

A disputa pelo título segue acirrada nesta segunda-feira (3/3), quando mais quatro escolas desfilam na Marquês de Sapucaí: Unidos da Tijuca, Beija-Flor de Nilópolis, Acadêmicos do Salgueiro e Unidos de Vila Isabel.