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‘Cem Anos de Solidão’ é uma adaptação à altura de García Márquez

| 20.12.24 - 11:15 ‘Cem Anos de Solidão’ é uma adaptação à altura de García Márquez Cena de 'Cem Anos de Solidão' (Foto: divulgação)Cem Anos de Solidão é provavelmente o livro mais importante da ficção latino-americana e contribuiu em grande parte para que o colombiano Gabriel García Márquez fosse agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura. Pilar do realismo fantástico, a obra é uma alegoria maravilhosa sobre a América Latina como um todo e a Colômbia em especial. Por essas e outras, o livro se tornou quase uma obra sacra, considerada inadaptável. Até agora.
 
Com apoio dos filhos do próprio Gablo, a Netflix encarou o desafio em uma minissérie de duas partes de oito episódios cada. A primeira já está no ar, com a segunda prevista para 2025. O trabalho teve apenas duas exigências: que fosse em espanhol e filmado na Colômbia. O resultado é uma minissérie imperdível.
 
A trama acompanha várias gerações da família Buendía através dos anos que partem de sua vila para fundar sua própria cidade: Macondo, que evolui de um pequeno povoado para um importante centro. Aliás, é importante destacar que a Netflix encerra 2024 com duas grandes minisséries latinas: esta e Senna, explorando ao máximo o potencial do audiovisual sul-americano.
 
Mais do que ser fiel, a adaptação conseguiu trazer a estética e a sensibilidade da obra literária para as telas. Parte disso vem através de uma narração que usa as literais palavras do livro, aproveitando o tesouro que é a escrita de Márquez.
 
Os episódios são longos, lentos, deliberados, maximizando o tempo de visita dos espectadores em Macondo. Outro destaque fica por conta do elenco, composto por atores latinos desconhecidos no cenário internacional e que tiveram que arcar com a responsabilidade de grandes papéis.
 
O principal destaque fica por conta de Claudio Cataño como o Coronel Aureliano Buendía e Marleyda Soto como a matriarca Úrsula, transmitindo toda a bagagem emocional e complexidade dos personagens.
 
Para quem não leu o livro, nada tema: a minissérie é incrível por si só e serve como uma ótima introdução (e desculpa) para finalmente ler esta obra prima da Literatura da América do Sul.


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