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Dança de traços

Artista goiana Eloisa Lobo inaugura exposição individual em Salvador

Intitulada ‘Coreografia’, mostra começa dia 18 | 15.10.24 - 22:27 Artista goiana Eloisa Lobo inaugura exposição individual em Salvador Artista goiana Eloisa Lobo inaugura exposição individual em Salvador. (Foto: Maria Júlia Totino)


A Redação

Goiânia
- Lançando mão de seu estilo lúdico e, desta vez, misturando sua vivência no Cerrado e seus laços com a Bahia, terra de onde vem parte de sua família, a 
artista plástica goiana Eloisa Lobo apresenta, pela primeira vez, uma exposição individual na capital baiana. Intitulada ‘Coreografia’, a mostra será inaugurada na próxima sexta-feira (18/10), na TRIA Galeria de Arte, em Salvador, e a ideia, segundo a autora, é levar o público a uma viagem sensorial a partir de um espetáculo onde cores e formas se movem e se entrelaçam. São mais de 30 obras inéditas, entre pinturas, gravuras e esculturas, assim como uma intervenção em spray.

Nome em ascensão no cenário nacional das artes, Eloisa convida o público a dançar junto com ela por esse mundo dos espetáculos que capturam o ritmo contínuo da vida. “A exposição ‘Coreografia’ é um convite para dançar comigo entre o lúdico e o rítmico. Quem vive de arte flutua, viaja dançando na imaginação de asas abertas pela imensidão azul entre o céu do Cerrado e o mar de Salvador”, conjectura. 


Com um estilo muito próprio, que mescla traços delicados, cores foscas e uma abordagem lúdica,
Eloisa transforma cada pincelada em poesia. (Foto: Xico Diniz)

 
As obras trazem o movimento que remete ao fundo do mar, às ondas, ao nado dos peixes que, sob a ótica da artista, passam a voar. Salvador, cidade de raízes profundas e ritmos únicos, sempre esteve intrinsecamente ligada a Eloisa. “As sensações que me invadem sempre que crio para a Bahia são únicas. Para quem não sabe, assino Freitas e o sobrenome dessa família linda que tenho vem de lá. É como trazer a dança dos traços de volta para casa, onde a arte e o movimento se encontram de maneira muito natural”, revela.
 
Dança de traços
Com um estilo muito próprio, que mescla traços delicados, cores foscas e uma abordagem lúdica, Eloisa transforma cada pincelada em poesia, cada tonalidade em uma emoção. A exposição que ela leva até Salvador traz um manifesto artístico que reflete a jornada da artista pelo mundo dos espetáculos, seu tema principal.

“Em vez de se referir apenas a uma sequência de passos de dança, ‘Coreografia’ sugere a ideia de uma composição harmoniosa onde cada detalhe contribui para uma experiência estética rica e integrada. A exposição explora como a arte pode se manifestar de maneira dinâmica, similar a uma performance coreográfica”, caracteriza a artista.
 
A tela 'Vômito’ é um dos destaques da mostra será inaugurada na próxima
sexta-feira (18/10), na TRIA Galeria de Arte. (Foto: Xico Diniz) 
 
Segundo Eloisa, três das obras se destacam. A primeira, batizada com o mesmo nome da mostra, ‘Coreografia’, que traz o início de tudo, uma epifania de movimentos que partem dela onde mostra traços que se fundem e criam um efeito de movimento que traduz os passos de dança; a segunda, intitulada ‘Vômito’, na qual a arte é expelida de maneira delicada de uma silhueta humana e simboliza tudo o que a própria artista externaliza por meio da sua arte; e a terceira é a obra de arte ‘Geométrico’, que apresenta os tradicionais ladrilhos portugueses e foi feita a partir de uma ampla pesquisa histórica sobre a chegada dos portugueses em Salvador.
 
Em movimento
Com mais de 25 anos de carreira, Eloisa Lobo retornou recentemente de uma temporada de pesquisa na Europa, onde aprofundou suas técnicas e poéticas. Sua primeira mostra individual, intitulada ‘Espetáculo’, que apresentava o cotidiano a partir das emoções do circo, foi apresentada na Época Galeria de Arte, em 2018.
 
Com mais de 25 anos de carreira, Eloisa Lobo retornou recentemente de
uma temporada de pesquisa na Europa. (Foto: Xico Diniz) 

Em 2021, Lobo apresentou em São Paulo a sua individual ‘Ela e Ela’, que retratava o espetáculo da vida a partir do movimento suave das bailarinas e do caráter lúdico do universo circense; já em 2022, integrou a mostra coletiva ‘Maravilhas do México’, em Brasília, cidade onde se mantém em destaque nos maiores redutos de arte. Em 2023, foi a primeira artista goiana a ser escolhida pelo Anuário de Arquitetura da Bahia para estampar a capa do anuário e criar uma homenagem à cultura baiana, destacando seu aprimoramento e inovação.
 
“Eu tenho vivido um processo de amadurecimento ao longo dos últimos anos, desde a minha primeira exposição, na qual apresentei o meu circo, passando pela representatividade sobre a mulher com a mostra ‘Ela e Ela’. E agora eu trago o movimento forte dos traços da minha arte e coloco ordem no caos. São referências pessoais que deixo fluir como algo tangível e visualmente impactante. É como ouvir uma música e deixar o corpo seguir o compasso, mas aqui, os pincéis são os verdadeiros bailarinos que agora apresento ao público baiano”, filosofa a artista, que também tem obras expostas nas principais mostras de arquitetura e decoração do país, como a Casas Conceito, também em Salvador. 
 

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