A Redação
Goiânia - Para celebrar o Dia das Crianças, serão apresentados no palco do Orum Aiyê Quilombo Cultural, em Goiânia, três espetáculos de palhaçaria cujo protagonismo é de artistas pretos. “Minha Vida de Palhaço”, “O bambolero” e “Mocotó Ooohhh!!!” respectivamente na sexta-feira (11/10), no sábado (12/10) e no domingo (13/10).
As apresentações ocorrerão às 19h30 na sede do Orum, no Residencial Nossa Morada, e custam R$15 a inteira e R$7 a meia (para todas aquelas garantidas por leis, além de pessoas negras). Ainda há possibilidade do ingresso social, de R$10 mais um quilo de alimento ou um kit higiene. Este evento integra a programação do projeto de manutenção de dinamização de empresas e espaços culturais do edital 19/2023 aprovado pela lei Paulo Gustavo.
O objetivo é levar a palhaçaria, arte da insubordinação, da insurreição e do erro para as crianças. “O palhaço representa uma mistura de ingenuidade e, em contraponto, de esperteza, trazendo a naturalidade no erro do ser humano com o ar da comicidade. Ele traz, assim, a possibilidade de ser leve diante de uma sociedade que constantemente cobra uma perfeição no mercado de trabalho, estética, social, algo que é inalcançável simplesmente por sermos humanos”, compartilha Raquel Rocha, produtora do projeto. Ela compartilha a produção deste trabalho com Marcelo Marques, Rafaela Rocha e Matheus Alcântara. Bruce Perrez Kpade está na assistência de produção.
Palhaçaria preta
“Minha Vida de Palhaço”, que será apresentado no dia 11/10, e “Mocotó Ooohhh!!!”, que integra a programação no dia 13/10, são trabalhos de Marcelo Marques, artista carioca que atua e vive em Goiânia há mais de 15 anos. Já “O bambolero”, que será apresentado no dia 12/10, é um trabalho do palhaço Saracura do Brejo, artista natural da cidade de Piranhas, atualmente vive na Cidade de Goiás e estará em Goiânia especialmente para integrar a programação do evento.
Marcelo Marques, palhaço e produtor do evento, assinala a importância de oferecer uma programação com palhaços negros para as crianças. “Esta é uma importante atitude para criar referenciais simbólicos a crianças, jovens e adultos que se contrapõem às violências advindas do racismo na sociedade”, compartilha.