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15.09.2011 14:39 Elisa Rufino
Confesso que a única parte boa do espetáculo, que sim é muito monótono, foi conhecer o backstage, os personagens, inclusive alguns homens-aranha.
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Jornalista brasileiro radicado em Nova York há 15 anos. / atendimento@aredacao.com.br
Depois de 183 ensaios abertos (um recorde), estreou o musical da Broadway mais caro – e problemático – de todos os tempos. "Spider-Man: Turn Off the Dark" custou US$ 75 milhões para ser produzido (três vezes mais do que “Shrek”, o segundo espetáculo mais caro do teatro nova-iorquino).
Além do custo exorbitante e dos atrasos na estreia originalmente, deveria ter sido no fim de 2010), problemas com as cenas de voo sobre o público e uma série de acidentes com o elenco (alguns sérios) criaram uma certa mística sobre o espetáculo. Para completar, a história era fraca e a trilha sonora foi comparada a “lados B” do U2.
Críticas precoces, em fevereiro, foram muito negativas e provocaram a saída da diretora Julie Taymor, responsável pelo sucesso de “O Rei Leão”. O espetáculo foi reimaginado”, o segundo ato mudou bastante, Bono e The Edge escreveram uma canção nova.
A nova estreia rendeu críticas mais mornas. A coreografia aérea de Daniel Ezralow e os cenários de George Tsypin foram muito elogiados, mas a história continua insossa e a trilha sonora de Bono e The Edge é “esquecível”, segundo a revista “Entertainment Weekly”. Para o “New York Times”, o musical não é mais “uma confusão indecifrável”, apenas “uma chatice”.
Para o público, no entanto, nada deve fazer diferença. O que todo mundo quer mesmo é ver o Homem-Aranha voando por cima de suas cabeças.
O espetáculo está em cartaz no Foxwoods Theatre. Os ingressos na orquestra custam US$ 187. Uma dica: para ver bem a coreografia aérea, é melhor evitar as 12 primeiras fileiras.