Goiânia - Enquanto a produção estava concentrada nos países do Velho Mundo, colocava-se no rótulo do vinho apenas a sua região de origem. Bordeaux, Champagne, Rioja e Chianti, por exemplo, referem-se a regiões onde há séculos se faz a bebida e por isso o consumidor já sabe as uvas, as características e o que esperar dos vinhos que trazem esses nomes no rótulo.
Porém, quando os países do Novo Mundo começaram a fazer vinhos de melhor qualidade e a competir no mercado internacional, ninguém sabia o que esperar de uma garrafa de Mendoza ou do Napa Valley. Assim, para que os consumidores pudessem ter uma ideia do que encontrariam ao degustar um vinho dessas novas regiões e para que soubessem que as castas usadas na fabricação desses vinhos eram as nobres e famosas variedades europeias, as vinícolas dos EUA, Austrália, África do Sul, Chile e Argentina criaram o hábito de colocar os nomes das uvas nos rótulos.
A inovação foi bem aceita pelo mercado e, nos últimos tempos, muitos produtores do Velho Mundo também têm aderido à prática.
Quando o vinho é um corte (ou seja, feito de duas ou mais uvas), o nome que aparece primeiro no rótulo é sempre o da uva predominante. Se constar o nome de apenas uma uva, quer dizer que o vinho é varietal (isto é, ele pode ter no máximo 15% de outras uvas que não a do rótulo).
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