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A lenda feminina que fez seu nome no Jockey Club de São Paulo

Conheça a história de Jeane Alves | 16.12.21 - 14:31 A lenda feminina que fez seu nome no Jockey Club de São Paulo (Foto: Reprodução Facebook)

Pedro Jacobson

São Paulo -
O Jockey Club de São Paulo (JCSP) esteve à frente de seu tempo em diversos momentos. Um dos exemplos foi durante o período mais crítico da pandemia, quando foi o único hipódromo do mundo a manter as corridas, respeitando os protocolos de segurança. Esse destaque também se faz presente no fato de o JCSP ser o maior complexo de art déco existente. No início dos anos 70, o espaço recebeu as primeiras mulheres a correrem profissionalmente com cavalos na América Latina. Apesar do talento e habilidade comprovados das joquetas, sabemos como é difícil a introdução de representantes femininas em um ambiente culturalmente dominado pelo universo masculino. 
 
Em 1973, o Jockey Club de SP fez as pessoas voltarem os olhos para algo que deveria ser normal, mas que com certeza chamou a atenção do público. A revista Turf e Fomento destacou que três mulheres se reuniram na mesma tarde no JCSP para competir. Entre elas, Suzana Davis, a primeira joqueta profissional do continente sul-americano e a segunda do mundo. Vale lembrar que não existe separação por gênero dos jóqueis no turfe, apenas entre o sexo dos cavalos. 

Revitsa Turf e Fomento em 1973
 
Atualmente, os frutos dessa vanguarda continuam conquistando seu lugar ao sol. Jeane Alves é considerada a melhor joqueta do Brasil, e coleciona diversas conquistas no turfe. Ela é natural de Acopiara, município no interior do Ceará, com quase 54 mil habitantes. A competidora começou a correr aos 18 anos, após seis meses morando em São Paulo. Ela foi para a capital paulista a partir de um convite de dois primos, o jóquei D. Lemos e a joqueta Aderlândia Alves. Em 2017, Jeane venceu a temporada com as melhores estatísticas entre os competidores do hipódromo Cidade Jardim.

Além disso, ela conquistou quatro vitórias no Grupo 1, que reúne os grandes prêmios mais importantes do ano. Ela conta que, diferentemente do hipismo, no turfe a troca de cavalo de um jóquei pode acontecer com frequência. "Não tem regra, às vezes ficamos montando um mesmo animal por muito tempo, às vezes não. Tem várias variáveis que alternam isso", explica. Mesmo assim, a j
oqueta se lembra dos cavalos que montou durante essa época. “Todos deixaram ótimas lembranças: Equitana, Xin Xu Lin, La vie en Rose e Braço Forte”, relembra Jeane. 
 

Jeane Alves cavalgando a égua La Vie en Rose (Foto: Karol Loureiro/JCSP)
 
O JCSP, palco de tantos momentos históricos, passa atualmente por um processo de restauro conduzido pela Elysium Sociedade Cultural. O objetivo é garantir os traços do patrimônio e preservar a estética original do clube. Aliás, o propósito não é somente estético. A preservação do JCSP permitirá que o espaço continue revelando vanguardas e impressionando todo o mundo com seus destaques únicos. 
 

 
 

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