Théo Mariano
Goiânia - O Governo de Goiás deve divulgar novos editais para utilização dos recursos restantes da Lei Aldir Blanc para atender mais de 2 mil projetos, divididos entre artesanato, teatro, letras, dança, festivais e eventos culturais e outros. Segundo apuração da Boca Miúda, reuniões já ocorrem na Secretaria de Estado da Cultura (Secult Goiás) para viabilizar o uso dos R$ 50 milhões que estão em caixa desde 2020 por conta de entraves com o governo federal.
O impasse se deu após vetos parciais ao projeto de lei que prorroga o prazo de execução dos recursos, das atividades e da prestação de contas da Aldir Blanc.
A liberação das verbas deve ocorrer após as Procuradorias-Gerais de alguns Estados articularem alternativas para ajuizar ações que garantam a liberação dos recursos emergenciais da Cultura em 2021. E uma saída foi encontrada para a aplicação do dinheiro travado devido aos vetos presidenciais.
Isso porque os vetos são conflitantes com uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que determinou a garantia da prorrogação e da utilização plena de todos os recursos da Lei Aldir Blanc “por se tratar de transferências obrigatórias da União”. Segundo a determinação, a verba pode ser utilizada até o final deste ano, mesmo que não tenha sido empenhada e inscrita em restos a pagar em 2020.
Isso cria um impasse entre os vetos presidenciais e a determinação do TCU, o que fortalece a argumentação das Procuradorias-Gerais do Estado, inclusive da PGE de Goiás.
A coluna entrou em contato com a Secult Goiás, que ainda não se posicionou. O espaço permanece aberto.