Mônica Parreira
Goiânia - Já havia se passado 48 anos que a Argentina perdeu a oportunidade de conquistar a Copa do Mundo, no Uruguai. Na edição em casa, no ano de 1978, os hermanos não tomaram conhecimento de nenhum adversário e fizeram o papel de casa, comemorando o título junto a sua torcida, que lotou os estádios naquele mês de junho.
A vitória argentina teve início anos antes do torneio acontecer. Há anos eles tentavam sediar a Copa, decisão que foi adiada pela Fifa até aqui. Nos bastidores, a Argentina venceu de Uruguai, Brasil e Chile, que também tentavam promover a edição do Mundial. Foram cinco cidades-sede: Buenos Aires, Cordoba, Rosario, Mar del Plata e Mendonza.
Depois de várias edições com o número fixo de participantes, esta foi a última Copa que a Fifa classificaria apenas 16 equipes. Os campeões Uruguai e Inglaterra foram as baixas em solo argentino. O mascote da edição foi um boneco vestido com a camisa da Argentina, chamado Gauchito.

A Copa
Não foi uma campanha tão brilhante, mas a Argentina fez o necessário para levantar a taça. Na primeira fase, os hermanos venceram a Hungria e a França (2 a 1) e perderam para a Itália, por 1 a 0. Depois, contou com o saldo de gols para garantir vaga na próxima fase, ao golear o Peru por 6 a 0.
A Holanda novamente voltava a figurar entre os finalistas. Sensação na Copa de 1974, a Laranja Mecânica só não conquistou o troféu porque esbarrou na anfitriã Alemanha. Eis que a história se repetiu. Pela segunda vez consecutiva, a seleção holandesa enfrentou os donos da casa na final, desta vez a Argentina, e amargou com o vice.
Não foi fácil para a Argentina. No tempo regular o placar ficou no 1 a 1. A decisão foi para a prorrogação. Era vencer ou vencer. Com gols de Kempes e Daniel Bertoni, a Argentina levantava, pela primeira vez na história, a taça do Mundo.
Seleção brasileira
O Brasil não classificou para a final, mas bem que merecia pela campanha que fez. Acabou ficando em terceiro lugar, terminando o torneio de forma invicta. A equipe foi comandada por Cláudio Coutinho.

Um pouco distante de ser aquela seleção que, anos antes, encantou a todos pelo futebol arte, o Brasil empatou por 1 a 1 com a Suécia na estreia. Depois, repetiu o feito, porém sem gols, diante da Espanha, e venceu a Áustria por 1 a 0.
Na segunda fase, venceu o Peru por 3 a 0 e empatou com a Argentina (0 a 0). Ficou fora da final justamente por causa do saldo de gols, que era critério de desempate. A Argentina avançou no lugar do Brasil, abrindo caminho para a conquista do título.
Curiosidades