No Dia Mundial do Câncer, celebrado em 4 de fevereiro, o mundo volta os olhos para a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do acesso a tratamentos inovadores. A data reforça o compromisso global no combate à doença, que ainda representa um dos maiores desafios da medicina. Entre os avanços mais promissores, a crioablação surge como uma alternativa revolucionária, especialmente no tratamento do câncer de mama.
O que é a crioablação e como ela funciona?
A crioablação é um procedimento minimamente invasivo, que utiliza temperaturas extremamente baixas para congelar e destruir células tumorais. A técnica consiste na introdução de uma sonda fina diretamente no tumor, resfriando a região até que as células cancerígenas sejam completamente eliminadas. Diferentemente da cirurgia convencional, esse método reduz riscos, acelera a recuperação e oferece uma alternativa eficaz para pacientes que não podem se submeter a procedimentos mais agressivos.
No Brasil, um estudo conduzido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) demonstrou a eficácia da técnica, atingindo 100% de sucesso no tratamento de nódulos mamários selecionados. Isso coloca a crioablação como uma das grandes promessas no enfrentamento ao câncer.
Avanços e perspectivas da crioablação
Embora a crioablação tenha se destacado no tratamento do câncer de mama, sua aplicação se estende a tumores no rim, fígado, pulmão e ossos, com resultados expressivos. A técnica já é utilizada em centros médicos de referência e pode representar uma esperança para milhares de pacientes que buscam alternativas menos invasivas.
A evolução desse método abre portas para uma nova era na oncologia, combinando eficácia e menor impacto ao organismo. O futuro do combate ao câncer passa, cada vez mais, por inovações como essa, que aliam tecnologia e bem-estar dos pacientes.
Neste Dia Mundial do Câncer, além da conscientização, a ciência nos mostra que o futuro da medicina está cada vez mais voltado para tratamentos eficazes, menos invasivos e acessíveis. A crioablação é um dos exemplos mais promissores dessa nova realidade.
*Rodrigo Fogace é oncologista especialista em tumores digestivos no Hospital Albert Einstein Goiânia
