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Entrevista - Halim Girade

Secretário de Saúde alerta para possível avanço da Chikungunya no Brasil

"Temos que fazer nossa parte em Goiás", afirma | 22.10.14 - 19:47 Secretário de Saúde alerta para possível avanço da Chikungunya no Brasil (Foto: Carolina Pessoni/A Redação)
Adriana Marinelli

Goiânia
Preocupado com o crescente número de registros de Chikungunya no Brasil, o secretário de Saúde de Goiás, Halim Girade, faz um alerta aos goianos para evitar que a doença chegue ao Estado. Originária da Ásia, a Chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também transmite a Dengue.

Conforme destacou o secretário em entrevista ao jornal A Redação, até o momento foi registrado apenas um caso importado da doença em Goiás. "A pessoa contraiu a doença em algum país onde ela é edêmica, talvez nas ilhas do Caribe, e veio para Goiás", explica.
 
Mesmo que a situação esteja ainda tranquila em Goiás, Halim Girade destaca que já existem casos confirmados em locais próximos, como o caso de Minas Gerais, por exemplo. "Até o momento foram confirmados no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 38 casos, sendo que 33 foram na Bahia, onde a situação é mais preocupante."
 
No final de 2013, o Ministério da Saúde elaborou um plano nacional de contingência da doença, que tem como metas a intensificação das ações de vigilância. E é isso que o secretário quer fazer em Goiás. "É preciso colaboração de todos. A forma de transmissão é muito simples e acredito que não vai demorar muito para surgirem os primeiros casos aqui no nosso Estado."
 
No entanto, Halim Girade complementa que a principal forma de evitar a transmissão também não exige muito da comunidade, que deve reforçar as medidas de eliminação de criadouros dos mosquitos. "Cada um precisa fazer sua parte. O Estado e o município têm suas responsabilidades, mas é importante que fique claro que cada um deve cuidar do seu quintal. Todo lixo ou objetos que possam acumular água devem ser removidos."
 
Sintomas
Segundo o secretário de Saúde, é fácil identificar a doença. "Os sintomas são bem parecidos com o que causados pela dengue. São eles febre alta, dores de cabeça, náuses, mas o grande diferencial são as fortes dores nas articulações. Mas essas dores são intensas mesmo! Chikungunya significa 'estar dobrado'. A dor é tão intensa que a pessoa se curva", diz. "Mesmo sendo menos fatal que a dengue, a Chikungunya cronifica mais."

Dengue
Com mais de 100 mil casos confirmados em Goiás somente este ano, a dengue continua merecendo atenção, mesmo que o assunto não esteja em evidência no momento. É o que garante Halim Girade. 

"Vale ressaltar que o combate à dengue tem que ser contínuo e é uma responsabilidade de todos. O Estado tem que disponibilizar condições e estratégias para esse vombate. A parte do município é cuidar do lixo, limpas as ruas, os terrenos baldios. Mas nada disso adiantará se cada família não cuidar da sua casa, do seu quintal", reforça. "Pode parecer batido, mas não podemos deixar água acumulada."

Halim Girade reconhece que acabar com a doença é difícil, mas garante que o controle adequado é de extrema importância para redução do número de casos. 

Ebola
Questionado se a Secretaria Estadual de Saúde está preparada para realizar o acompanhamento de um possível caso de Ebola em Goiás, o secretário tranquiliza os goianos. "Estamos completamente preparados para receber uma pessoa com suspeita de ebola. Essa pessoa seria levada para o Hospital de Doenças Tropicais (HDT), que conta com enfermaria com um leito bloqueado, o que é o adequado para esse tipo de caso", conta.

Ainda de acordo com ele, além de equipar a unidade hospitalar da capital, o Estado ofereceu apoio e treinamento aos municípios goianos. "A SES entrou em contato com todas as cidades para treinar os profissionais, para que eles saibam como agir em uma situação de suspeita dessa doença. Os equipamentos que devem ser usados em casos suspeitos já estão na regional do interior", completa.

Para o secretário, há grandes chances da doença chegar ao Brasil mas, conforme destacou, o país está preparado. "Acredito que, se tivermos algum casos de Ebola no país, não haveria transmissão aqui. O bloqueio seria feito sem maiores problemas."
 


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