Mônica Parreira
Goiânia – Preocupados com a baixa vazão do Rio Bacalhau, na cidade de Goiás, moradores, pesquisadores, empresários e defensores do meio ambiente vão criar, nesta sexta-feira (10/11), a Associação SOS Bacalhau. O objetivo é fortalecer o debate sobre o uso adequado da água, sugerindo alternativas palpáveis para resolver o problema que ameaça a existência do rio.
Atualmente o Rio Bacalhau é a principal fonte de abastecimento da histórica cidade de Goiás. No entanto, o baixo nível registrado ultimamente tem sido motivo de preocupação, especialmente para quem conhece o Povoado do Bacalhau. A paisagem, que mostra um leito seco, assusta. O cenário foi tema de um estudo realizado pela Universidade Estadual de Goiás (UEG). Ele aponta que o rio está sendo esvaziado. Um dos motivos é a captação irregular de água.
Presidente do Instituto Rizzo, o empresário Leonardo Rizzo é um dos idealizadores da SOS Bacalhau. Em entrevista ao jornal
A Redação, ele explicou que a meta de preservar o bem natural da região fortaleceu a ideia de criar a associação.
“Queremos resgatar o rio. Trata-se de um patrimônio da cidade que está desaparecendo aos poucos. Isso é preocupante”, disse.
A SOS Bacalhau já será fundada com uma primeira missão. Segundo Leonardo, o grupo vai propor uma Ação Popular em prol da defesa do rio. Outra meta de curto prazo é apresentar para as autoridades competentes um estudo que prevê uma fonte alternativa para o abastecimento da cidade de Goiás.
“A solução mais viável, segundo levantamento que realizamos, é fazer a captação do Rio Uru. Para isso seria necessário construir uma adutora, com extensão de cinco ou seis quilômetros, e isso preservaria o Bacalhau”, explicou Leonardo. “Por isso estamos convocando toda a população, a prefeitura e o governo estadual para elaborarmos uma forma de viabilizar essa obra imediatamente”, concluiu.
A reunião para criação da SOS Bacalhau será às 17h, no Povoado do Bacalhau, onde Leonardo tem uma residência. Ele será o anfitrião do encontro que vai reunir, além de moradores e ambientalistas, representantes do poder público. Segundo o empresário, devem participar a prefeita da cidade de Goiás, Selma Bastos, o promotor de Justiça Edivar da Costa Muniz, o ambientalista Rodrigo Santana, representantes da UEG e outros.
“Quase 100% das pessoas que estão envolvidas com a associação são vilaboenses. Elas têm alguma relação de vida, de história e de amor com o Rio Bacalhau. Isso vai ser essencial para fortalecer a nossa luta de preservação”, comentou o presidente do Instituto Rizzo.