A Redação
Goiânia – Uma das linhas de investigação da Polícia Civil sobre o assassinato da estudante Raphaella Novinski, de 16 anos, morta com 11 tiros dentro de uma escola em Alexânia (GO), é a de crime passional. Segundo informações, o suspeito, de 19 anos, que foi preso em flagrante, teria tentado namorar a vítima, mas foi rejeitado. O crime aconteceu na manhã desta segunda-feira (6/11).
"Tudo leva a crer que ele tentou namorá-la, mas foi rejeitado. Em seu depoimento, ele relatou que eles se conheciam há longa data e que tinha muito ódio dela. Por conta disto, resolveu comprar uma arma para se vingar e matá-la", relata a delegada Rafaela Wiezel.
Por volta das 8h, o criminoso pulou o muro do Colégio Estadual 13 de Maio usando uma máscara para esconder o rosto e com um revólver calibre .32. Ele teria entrado em duas salas de aula procurando a jovem, e, ao localizá-la, o rapaz descarregou a arma.
Único alvo dos tiros, Raphaella não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O atirador deixou a sala de aula correndo, mas foi detido em flagrante logo após o crime, do lado de fora da escola. O suspeito tentava fugir em um veículo dirigido por um amigo. O motorista disse aos policiais que não sabia o que jovem pretendia fazer.
O autor dos disparos foi autuado em flagrante por homicídio qualificado e encaminhado ao presídio, onde ficará à disposição do Poder Judiciário. Ele não tem passagens pela polícia.
Em nota enviada à imprensa, a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce) informou que o jovem estudou no colégio em 2016, mas saiu da unidade naquele mesmo ano. Três psicólogas e uma assistente social da Coordenação Regional de Educação, Cultura e Esporte (Crece) foram deslocadas de Anápolis para Alexânia a fim de apoiar a equipe da escola, alunos e familiares.
No momento da tragédia, a diretora do Colégio e equipe tomaram todas as providências necessárias, chamando a polícia, o socorro e comunicando o ocorrido à família da jovem. A Secretaria informou ainda que a escola dispõe de câmeras no pátio e dois vigias noturnos para promover a segurança. “A Seduce lamenta profundamente o trágico acontecimento e informa que trabalha em um esforço contínuo para manter a paz e a fraternidade no ambiente escolar”, disse a nota.
A morte de Raphaella ocorre menos de um mês depois de um garoto de 14 anos, estudante de um colégio particular de Goiânia, levar para a escola a arma de sua mãe, uma sargento da Polícia Militar, e atirar contra os colegas de classe. Dois adolescentes morreram e cinco foram feridos pelos disparos. O jovem que atirou disse que sofria bullying.