Adriana Marinelli
Goiânia - Depois de uma assembleia realizada na manhã desta terça-feira (25/10) em Goiânia, estudantes bloquearam as entradas do prédio da Reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG) em protesto contra a aprovação da PEC 241. Proposta pelo governo federal, a PEC tem o objetivo de limitar o crescimento das despesas do governo. A medida fixa para os três poderes - além do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União - um limite anual de despesas.
(Foto: Reprodução - Facebook SINT-IFESgo)
Além da reitoria, o grupo também teria ocupado o Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação (Cepae) da Universidade, segundo o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação (Sint-Ifes), e a Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (FAV-UFG). Por telefone, o jornal A Redação tentou contato com a assessoria da UFG, mas não teve sucesso até a publicação, por volta das 15h.
(Foto: Reprodução - Facebook SINT-IFESgo)
Protestos contra a aprovação da PEC 241 são realizados em todo o país. Vários unidades de ensino foram apcupadas como foram de manifestação contra as mudanças. Em Goiás, entre as unidades ocupadas estão o Campus Goiânia do Instituto Federal de Goiás (antigo CEFET), IFG Águas Lindas, IFG Anápolis, IF Gyn Oeste e IFG Campus Valparaíso.
Greve
A aprovação da PEC 241 também resultou na paralisação das atividades dos trabalhadores técnico-administrativos em Educação (TAEs) das Instituições Federais de Ensino de Goiás (UFG, IFG e IF Goiano). Em assembleia realizada na última semana, o grupo aprovou o o indicativo de greve nacional da categoria para o dia 24 de outubro. Na manhã de hoje (25), os trabalhadores na capital goiana voltaram a se reunir no Campus 2 da UFG e, após assembleia, iniciaram uma manifestação.
PEC 241
A Câmara dos Deputados passou em primeira votação a proposta de emenda constitucional que cria uma teto para os gastos públicos, a PEC 241, que congela as despesas do Governo Federal, com cifras corrigidas pela inflação, por até 20 anos.
Com as contas no vermelho, o presidente Michel Temer vê na medida, considerada umas das maiores mudanças fiscais em décadas, uma saída para sinalizar a contenção do rombo nas contas públicas e tentar superar a crise econômica.