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Patrimônio

Em Goiás, presidente do Iphan fala do trabalho à frente do instituto

Demanda por funcionários seria um dos desafios | 26.07.16 - 17:55 Em Goiás, presidente do Iphan fala do trabalho à frente do instituto (Foto: Reprodução/Iphan)Kamylla Rodrigues
 
Goiânia –
Em visita a Goiás, Kátia Bogéa, que assumiu a presidência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) há quase dois meses, falou sobres os maiores desafios à frente da instituição, entre eles a demora na recomposição do quadro de funcionários. A presidente também citou o PAC Cidades históricas, que contempla Goiás com R$ 50 milhões em investimentos, como recurso fundamental para preservação do patrimônio.

Completando 80 anos em 2017, o instituto, atualmente, está presente em todas as unidades da Federação com 27 superintendências e 27 escritórios técnicos. Ao todo, são 705 funcionários no quadro do Iphan, metade do número considerado suficiente por Kátia Bogéa. “Talvez o nosso maior desafio hoje seja o de recompor a força de trabalho, tanto porque é difícil encontrar pessoas com o nível exigido, já que se trata de um trabalho especializado, quanto porque precisamos de concurso público. São 498 vagas de funcionários que se aposentaram”, disse a presidente ao Jornal A Redação.

Ela afirmou que uma negociação já está sendo feita junto ao Governo Federal para amenizar esse problema. “Já levamos a pauta até o ministro da Cultura, Marcelo Calero, e ele se mostrou sensível à nossa demanda. Como vivemos uma situação econômica atípica no País, precisamos aguardar um pouco”, ressaltou Kátia.

Outro ponto desafiador levantando por ela é a conscientização da gestão compartilhada entre governos e população. “A constituição do País diz que a proteção do patrimônio é dever de todos. O Iphan tem a missão de preservar, divulgar e fiscalizar os bens culturais brasileiros, mas esse trabalho deve ser feito em conjunto”, complementou Kátia destacando Goiás como um dos Estados mais comprometidos e engajados com a causa. “É um dos locais com maior índice de preservação do Brasil, porque aqui essa gestão compartilhada funciona”.

Homenagem
Kátia esteve na Cidade de Goiás nesta segunda-feira (25/07), quando recebeu a Comenda da Ordem do Mérito Anhanguera, a mais alta condecoração concedida pelo Governo do Estado, durante cerimônia de transferência simbólica dos Três Poderes para a antiga Vila Boa. 

Conferida a personalidades de diversas áreas da sociedade por ações, méritos excepcionais e relevantes serviços prestados ao Estado, a comenda foi entregue na praça central pelo governador de Goiás, Marconi Perillo. “Essa honraria foi um reconhecimento do trabalho forte que o Iphan vem desenvolvendo no Estado”, completou Kátia.
 
Investimentos
O PAC Cidades Históricas do Brasil está sendo implantado em 44 cidades de 20 estados da federação. Só em Goiás estão sendo investidos quase R$ 50 milhões em obras de restauração e requalificação em Goiânia e na Cidade de Goiás. A presidente afirmou que está trabalhando para ampliar esse orçamento e que em breve o PAC deve contemplar outros municípios goianos.
 
Confira a situação de cada ação em Goiás:
Goiânia - Restauração da Estação Ferroviária - Aguardando autorização para Licitar
Goiânia - Requalificação da Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira/ Praça Cívica - Em fase final de execução
Cidade de Goiás - Restauração do Casarão da Escola de Artes Veiga Valle - Concluída
Cidade de Goiás - Recuperação da Ponte da Cambaúba - Concluída
Cidade de Goiás - Restauração do Mercado Municipal - Em execução (Previsão de Inauguração: 2º Semestre/2016)
Cidade de Goiás - Restauração do Cine Teatro São Joaquim - Em execução (Previsão de Inauguração: 2º Semestre/2016)
Cidade de Goiás - Restauração do Casarão da Prefeitura Municipal - Em execução
Cidade de Goiás - Requalificação da Sede da Diocese de Goiás - instalação do Arquivo
Diocesano – Concluída.
 
Polêmica
Kátia também comentou sobre a criação da Secretaria Especial de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sephan), que ainda não foi implementada. A secretaria teria a função de cuidar de um assunto que há décadas já tem dono dentro da pasta: o patrimônio histórico e artístico brasileiro.

Para a presidente, não tem sentido duplicar funções e responsabilidades que são atribuídas ao Iphan desde 1937. “Nós somos uma das instituições mais antigas da América Latina, com quase 80 anos de um trabalho consolidado e reconhecido. Seria uma duplicidade equivocada e gastos que não se explicam”, enfatizou Kátia.
 

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