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Outros dois com passagens dormiam no local | 25.01.16 - 14:41
(Foto: A Redação)
A Redação
Goiânia – Três homens com antecedentes criminais foram identificados entre os manifestantes que ocupavam o Colégio Estadual Ismael Silva de Jesus, em Aparecida de Goiânia, conforme informou a Polícia Militar (PM). Um deles usava uma tornozeleira eletrônica. A escola foi desocupada na manhã desta segunda-feira (25/01) durante um ato dos próprios pais e moradores, com a presença do Conselho Tutelar.
Na retirada do grupo, a Polícia Militar (PM) identificou W., de 22 anos, que é monitorado por tornozeleira eletrônica pelo crime de agressão à companheira (Lei Maria da Penha). Além dele, dois homens, de 23 e 24 anos, com passagens pela polícia pelos crimes de roubo e uso de drogas estavam no local.
Débora Costa, mãe de dois alunos, afirmou que depois que a escola foi ocupada, a comunidade não teve mais sossego. “Era comum a gente passar nessa rua e ver o tráfico de drogas explícito aqui na porta. Nos finais de semana, eles faziam festas e eu mesma já vi várias adolescentes só com roupa íntima. Era uma baderna, uma bagunça”, relatou.
Veja o vídeo:
Com a desocupação, a dona de casa se sente mais aliviada. “Tanto pelo fato de que as aulas vão voltar e meus filhos vão estudar, quanto pela segurança no bairro. Eu tinha medo até de sair na porta de casa com essa movimentação”, completou.
A escola, que estava ocupada desde o dia 15 de dezembro, deve retomar as atividades normais ainda nesta semana, assim que os reparos necessários forem feitos. Segundo o diretor da escola, Elienay Valeriano Leite, os prejuízos só nas salas de aulas ultrapassam R$ 5 mil, mas esse número deve ser maior considerando os estragos na biblioteca, sala de música, laboratório e diretoria.
Uma perícia criminal da Polícia Civil e uma perícia técnica da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) foram realizadas no local e os laudos devem apontar os reais estragos.
Contradição
Na fanpage Secundaristas em Luta - GO, principal veículo de comunicação dos manifestantes, o grupo publicou uma nota esta manhã acusando a Polícia Militar de agressão. No texto, policiais são chamados de “cães de guarda”. “Dois ocupantes foram atropelados na porta. E um dos estudantes que foi atropelado foi para o hospital com fratura exposta”, diz o grupo.
Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra um dos supostos estudantes machucado dizendo que foi atropelado por um carro de som, e não pela polícia. "Quando eu montei na minha bicicleta, ele ligou o carro dele e me atropelou. Fiquei preso as grades. Machuquei meu pé e fui atendido pelo SAMU”, disse.
Em nota, a assessoria da corporação informou que esteve no local, mas que não há ocorrências envolvendo a PM no caso. “Nós chamamos a polícia, pois havia três elementos suspeitos com tornozeleiras e muito tráfico de drogas. Tínhamos medo de que eles pudessem estar armados”, explicou a mãe que participou da desocupação nesta manhã.