A Redação
Goiânia - A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás (SSP-GO) divulgou uma nota de esclarecimento sobre a paralisação dos servidores ligados à segurança pública. Batizado de Operação Padrão Atividade Zero, o movimento começou às 8h desta quarta-feira (9/12) e deve durar 24 horas.
Segundo a SSPGO, nenhuma entidade representativa dos servidores da pasta comunicou oficialmente sobre a realização dos atos. "SSPGO já determinou aos comandantes da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, ao delegado-geral da Polícia Civil e aos superintendentes da Polícia Técnico-Científica e da Administração Penitenciária que adotem providências necessárias à apuração disciplinar e criminal de eventuais fatos decorrentes da Operação Produtividade Zero", diz o comunicado.
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O comitê que organiza a ação disse que, durante o período, nenhuma ocorrência será registrada pelas polícias. A paralisação é uma forma de protesto contra o não pagamento do reajuste salarial das categorias. O acordo fechado em 2013 com o governo previa reajuste de 56% no período de quatro anos.
O comunicado da SSPGO completou a nota com informações sobre os reajustes. Também afirmou que confia no "bom senso e compromisso dos servidores" para garantir que não tomarão qualquer medida que prejudique a população.
"Somente entre 2014 e 2015, os servidores obtiveram reajustes da ordem de 32,2% (mais que o dobro da inflação do período). Para os próximos três anos, a previsão é de mais 37,5%. Além dos reajustes salariais lineares, desde 2011, 13.096 policiais militares, 2.349 bombeiros militares, 569 policiais civis, 1.052 servidores do sistema prisional e 429 servidores da Polícia Técnico-Científica foram promovidos. Em 2015, 1.739 policiais civis, 422 servidores da Polícia Técnico-Científica e 358 servidores do sistema prisional obtiveram progressão na carreira – o que redunda em valorização na remuneração".