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Educação

"Professores estão em pânico", diz presidente do Sintego sobre OSs

Bia de Lima rebateu secretária Raquel Teixeira | 18.11.15 - 17:50 "Professores estão em pânico", diz presidente do Sintego sobre OSs (Foto: divulgação/Sintego)Kamylla Rodrigues
 
Goiânia -
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, criticou a transferência da gestão das escolas públicas para as Organizações Sociais. A mudança começa a valer em janeiro do próximo ano em 25% das unidades estaduais. Em entrevista ao jornal A Redação, Bia afirmou que os professores estão em pânico com o novo modelo de gestão, que segundo ela, vai acarretar no fim da perspectiva de carreira e da estabilidade.

Conforme entrevista publicada pelo AR nesta segunda-feira (16), a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce-GO) afirmou que os professores efetivos continuarão trabalhando para o Estado com os direitos garantidos e os temporários terão os contratos regidos pela Consolidação de Leis Trabalhistas (CLT).

Mas para Bia, isso gera prejuízos para os trabalhadores da educação. “Para os temporários será o fim da carreira, conforme prevê o Estatuto do Magistério, já que passarão a ser contratados em regime de CLT. Os concursos, que selecionam os melhores para estar dentro das salas deixarão de existir e, no lugar de professores capacitados, teremos professores escolhidos de acordo com interesses particulares. Isso é a destruição histórica do que já conquistamos”, disse.

Bia de Lima questionou a falta de transparência em relação aos critérios para a seleção das OSs que vão gerir as escolas durante o próximo ano. “Como o governo vai saber se aquela ou esta organização esta apta a gerir uma escola. Será que ela tem experiência? Tem capacidade? Como o governo vai verificar isso? Essa questão não ficou clara”, interrogou.

Outro ponto levantado por ela diz respeito aos diretores, que atualmente são escolhidos por meio de eleições nas escolas. “Eu duvido que a eleição vá continuar. A organização vai querer colocar quem ela quiser. O próprio dono da OS já vai ser o administrador. Então qual seria o papel do diretor?”, questionou mais uma vez. 

Para a presidente do Sintego, a forma mais viável para melhorar a educação em Goiás seria um projeto político-pedagógico. “Isso daria autonomia para as escolas, que receberiam o repasse diretamente. Da mesma forma que a secretaria pretende cobrar resultados das OSs, ela poderia cobrar das escolas”, disse.

Manifestação
O Sintego planeja um movimento no dia 27 de novembro, para protestar contra as OSs. “Vamos convidar ex-alunos, ex-professores e a sociedade para fazer um abraço ao Lyceu de Goiânia em defesa da escola pública”, disse.

No dia 8 de dezembro, o Sintego também participa de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Goiás para discutir os efeitos das OS. 

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