Mônica Parreira
Goiânia - A bancada do PSDB na Assembleia Legislativa de Goiás vai fazer uma representação contra o deputado Major Araújo (PRP) por causa da confusão ocorrida na última semana. O parlamentar chegou a arremessar um tablet contra Talles Barreto (PTB) durante uma discussão no plenário.
Conforme apurou a reportagem do jornal A Redação, a representação seria entregue na quinta-feira (8/10), mas foi adiada para a próxima terça-feira (13) por conta de algumas alterações no documento. O diretório estadual do partido está diretamente envolvido na elaboração o texto.
O caso aconteceu no dia 1º de outubro, quando Major Araújo questionou a tramitação e a aprovação em plenário do projeto de lei que institui o Código Tributário do Estado. Ele disse que a aprovação da propositura em votação definitiva, um dia antes, teria sido fruto de fraude dos deputados da base aliada.
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Major Araújo arremessa tablet contra Talles Barreto durante sessão plenária
O deputado afirmou que não encontrou o projeto no portal da transparência da Casa. Durante a polêmica, o parlamentar arremessou um tablet contra Talles Barreto. "Eu queria ter acertado a cabeça dele", disse o Major Araújo na ocasião em entrevista ao AR.
Procedimento
A assessoria do deputado Humerto Aidar, que é o presidente do Conselho de Ética, disse que a representação passa primeiro pelo presidente da Casa. Depois de protolocada, Major Araújo terá 15 dias para apresentar defesa. Caberá ao presidente Helio de Sousa decidir se o caso será encaminhado ao Conselho de Ética.
Indo para o conselho, um sorteio definirá lista tríplice para que Humberto Aidar decida quem será o relator. Por pertencer ao PSDB, Júlio da Retífica não pode concorrer ao cargo, restando os seguintes nomes: Bruno Peixoto (PMDB), Álvaro Guimarães (PR), Lucas Calil (PSL), Francisco Jr (PSD) e Valcenôr Braz (PTB).
Após votação, o relatório será encaminhado para o plenário, que decidirá a qual tipo de punição Major Araújo poderá ser submetido, desde advertência verbal até cassação do mandato. Todo o processo deve demorar cerca de dois meses. Este pode ser o primeiro caso analisado pelo Conselho de Ética da Casa, que foi criado em maio deste ano.