Adriana Marinelli
Goiânia - Boatos relacionados à existência e às ações de um possível "serial killer" em Goiânia não param de circular pelas redes sociais. E as informações sem fundamento acabam sendo enviadas às forças policiais do Estado por meio do Disque-Denúncia, atrapalhando o trabalho e as investigações. É o que garante o superintendente de Polícia Judiciária, Deusny Filho.
"Os boatos e trotes têm prejudicado e muito o trabalho que está sendo feito para solucionar esses crimes que infelizmente foram registrados. Além de trazer transtornos, essas denúncia inverídicas também resultam em gasto de dinheiro e de tempo, já que estamos fazendo o possível para ir atrás de todas as pistas. Cada denúncia falsa é uma viatura e uma equipe que está sendo descolada sem necessidade", afirma.
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Em entrevista ao jornal A Redação, o superintendente garantiu que os trabalhos estão focados nas investigações do homicídios, mas que, se for necessário, serão designados delegados e equipes para ficarem responsáveis pela identificação das pessoas que estão lançados as falsas notícias.
"E todas as pessoas que estiverem contribuindo e alimentando esse tipo de informação que possa atrapalhar o trabalho da polícia serão penalizadas. No caso de adolescentes, os pais têm que policiar e monitorar os filhos, pois eles poderão ser responsabilizados pelos atos dessas pessoas."
Caso Ana Lídia
Após a morte da adolescente Ana Lídia Gomes, de 14 anos, assassinada por um motociclista no fim de semana, informações mentirosas sobre outros casos semelhantes trouxeram à tona o desespero e o medo nas redes sociais.
No Facebook, no Twitter e no aplicativo de mensagens WhatsApp são constantes as postagens sobre o assunto. Entre outros casos, foram anunciados assassinatos de mulheres nos setores Bueno, Oeste, Fama e também na Avenida T-63. Todos falsos.
"O que nós pedimos é colaboração da sociedade. São casos sérios e o tempo é sagrado para nós", finaliza Deusny.
Além de atrapalhar o trabalho investigativo, os boatos têm assustado os goianienses, principalmente as mulheres. Rotinas estão sendo alteradas em várias famílias desde que os assassinatos começaram a ser registrados na capital. Mulheres de todas as idades têm evitado circular pelas ruas da capital sozinhas, principalmente durante a noite.