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Goiânia

"Ela era uma criança", diz padrinho de adolescente morta por motociclista

Família de jovem não descarta serial killer | 05.08.14 - 18:37
Adriana Marinelli

Goiânia -
 "Revolta! Esse é o sentimento". É o que afirma Leanndro de Deus, padrinho de Ana Lídia Gomes, de 14 anos, sobre a morte da menina, que foi assassinada na tarde de sábado (2/8) em um ponto de ônibus do Conjunto Morada Nova, em Goiânia.

A adolescente foi executada com dois disparos de arma de fogo efetuados por um homem que se aproximou em uma motocicleta preta. A morte de Ana entra para a lista de assassinatos de mulheres com abordagens semelhantes em Goiânia.

Segundo informações da Polícia Civil, pelo menos 45 mulheres teriam sido vítimas de homicídio na capital este ano, sendo que Ana e outras onze teriam sido executadas por motociclistas. 


Assassino em série
A hipótese de que um assassino em série esteja agindo na capital, o que foi inicialmente descartado pela polícia goiana, começou a ganhar força no final de maio, quando áudios sobre o assunto começaram a circular no aplicativo de mensagens WhatsApp.

No entanto, o que parecia ser algo momentâneo, foi ganhando força no decorrer dos dias, quando outras mulheres foram assassinadas.


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Em entrevista exclusiva ao jornal A Redação, na tarde desta terça-feira (5/8), o padrinho de Ana Lídia afirmou que não descarta a possibilidade da adolescente ter sido vítima de um "serial killer", mas ressalta que a polícia já traçou algumas linhas de investigações que fogem dessa suspeita.

"Considerando a forma que foi, sem roubo, do mesmo jeito que aconteceu com outras vítimas, dá para acreditar mesmo na existência de uma pessoa que mata por prazer", afirma. "Mas estamos acompanhando o trabalho da polícia e sabemos que eles estão empenhados em esclarecer o caso."


"Estamos acabados"
Leanndro conta que Ana morava com os avós e passava os finais de semana com o pai ou com a mãe. "Os pais são separados e ela morava com os avós. Eu moro perto e quase todos os dias que eu chegava em casa ganhava o abraço dela, agora não tenho mais. Estamos acabados!". Quando foi morta, a adolescente estava à espera de um ônibus para seguir para a Feira da Lua, no Setor Oeste, onde trabalharia com a mãe. 

"Você não imagina a alegria que ela estava por poder trabalhar na feirinha. Ela estava doida para começar a trabalhar logo e aquele seria o segundo final de semana que ela ajudaria a mãe", conta. Segundo o padrinho, a menina, que sempre foi dedicada aos estudos, tinha sonho de cursar Design de Moda no futuro.

"Ela não costumava andar sozinha. Sempre estava acompanhada dos pais, dos avós ou de alguém da família. No sábado, inclusive, um tio dela a levaria para a feira, mas ela, ansiosa, não quis esperar e decidiu ir de ônibus mesmo", conta.

Sem motivo
Questionado se poderia haver algum motivo que explicasse o assassinato de Ana Lídia, Leanndro garante que a família não consegue chegar a uma explicação cabível. "Era uma menina muito boa, sem inimizades. Ela sempre foi muito ativa e adorava jogar vôlei na rua com as amiguinhas", diz. 


(Foto: reprodução/Facebook)

 
Leanndro afirmou também que a adolescente não tinha namorado e que ela nunca teve envolvimento com drogas. "Era uma criança mesmo! Nem ela e nem ninguém da família nunca teve envolvimento com nada ilícito", garante.

Rotina alterada
Acostumados com a presença de Ana em casa, os avós resolveram deixar a residência onde moravam com a menina. "Foram passar um tempo na casa de um tio da Ana", conta Leanndro. "Após o crime, as mulheres da família ficaram bastante assustadas, deixando de fazer coisas simples, como ir à padaria, por exemplo", completa.

Leanndro afirmou ainda que antes de Ana Lídia ser morta o assunto relacionado ao suposto "serial killer" não era frequente entre os familiares da adolescente. "A ficha só caiu depois que aconteceu com a Ana."
 

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