Centenas tomaram as ruas de Berlim no fim de semana
(Foto: reprodução/Facebook)
Manifestação na Turquia mostra apoio ao Estado de São Paulo
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Brasileiros contaram com apoio de estrangeiros para realização de protesto, em Dublin
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Em Dublin, manifestante carrega cartaz que diz: "Estão tentando constitucionalizar a impunidade"
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Manifestação em Dublin, na Irlanda, reuniu centenas
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Brasileiro protesta contra corrupção
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Manifestantes em Washington deixam a internet para protestarem nas ruas
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Manifestantes em Washington deixam a internet para protestarem nas ruas
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Protestos contra violência policial nas manifestações do Brasil chegam à porta da Casa Branca
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Manifestantes em Washington deixam a internet para protestarem nas ruas
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Manifestantes deixam cartazes pendurados na porta do consulado do Brasil, em Washington (EUA)
(Foto: divulgação/Facebook)
Mônica Parreira
Goiânia - As constantes manifestações contra o aumento do preço do transporte público em várias cidades brasileiras tomaram proporções internacionais. Brasileiros que moram no exterior criaram, por meio do Facebook, o grupo "Democracia não tem fronteiras".
A organização conta com milhares de participantes espalhados por pelo menos 33 cidades do exterior. Em sua maioria jovens e estudantes, os manifestantes estão atentos ao que acontece no Brasil e querem participar, mesmo de longe.
Assista ao vídeo abaixo, publicado no Facebook por um manifestante em Dublin, na Irlanda:
O poder da internet

"Estamos escrevendo a história do nosso país", disse Nelson Eulalio, que mora em Gold Coast, na Austrália, e participa do grupo.
Em 1992, o designer esteve presente no movimento que tinha como objetivo retirar Fernando Collor da presidência do Brasil, conhecido como "Movimento Caras Pintadas".
Quase duas décadas depois, Nelson se emociona ao ver que, mais que lutar por direitos, os movimentos atuais representam também uma revolução midiática.
"Antes a 'verdade' era imposta pela TV. Hoje em dia não dependemos mais somente do meio de comunicação de massa. Cada um tem seu próprio veículo" diz, se referindo às redes sociais.
Cidades como Melbourne e Sydney, na Austrália, já foram palco dos protestos. O próximo, que recebe o nome de "Não é por R$0,20", deve acontecer até o fim de junho, em Brisbane.
Mais ações
"Nossa geração sempre foi ativa quanto aos acontecimentos, mas sempre tentávamos uma solução pela internet, postando frases de indignação, reclamações e pedidos de melhorias. E sempre nos pediam para que saíssemos do Facebook e fôssemos para as ruas... e finalmente isso aconteceu", disse Jaqueline Romanholo, que participou da ação em Washington, nos Estados Unidos.
O protesto dos brasileiros em Washington começou em frente ao Consulado General do Brasil. "As manifestações começaram no Facebook, com a criação dos eventos, mas não pararam por aí! Nossas vozes precisam realmente ser ouvidas!", comentou.
Segundo a estudante que mora em Washington, a caminhada contou com brasileiros e americanos que apoiam o movimento. Depois de deixarem cartazes pendurados no Consulado, os manifestantes caminharam até a Casa Branca.
"Lá fomos abordados por um policial que, muito educadamente, nos disse que poderíamos continuar nossa manifestação, só não poderíamos continuar ali, parados no mesmo local", contou Jaqueline ao jornal
A Redação. "Foi um movimento pequeno, mas de sucesso pois queríamos mostrar nosso apoio ao povo brasileiro", concluiu.
Os atos também já tomaram as ruas em Berlim, Dublin, Turquia. A programação do grupo no Facebook conta com mais dezenas de cidades, como Paris, Londres, Lisboa, Coimbra, Bruxelas, Boston, Toronto, Nova York, Buenos Aires e Vancouver.
Até o fim de junho, todas as cidades listadas no grupo '
Democracia não tem fronteiras' devem fazer pelo menos uma manifestação.
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