Marina Morena
Goiânia - Quatro pessoas foram detidas, na tarde desta segunda-feira (24/12), suspeitas de participação nas mortes de um casal de transexuais encontrado carbonizado e com as cabeças decapitadas nesta madrugada, em Novo Gama (DF). Segundo a Polícia Militar da cidade, trata-se de dois homens e duas mulheres, que ainda não tiveram as identidades reveladas.
De acordo com o sargento Inácio Nunes, eles foram encontrados por meio dos Serviços de Inteligência da polícia e de denúncias de moradores da região onde os corpos foram encontrados. Com eles, foram apreendidos drogas, armas e roupas sujas de sangue.
Segundo a polícia, uma das mulheres detidas é suspeita de ser a mandante das mortes. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Polícia Civil da cidade de Céu Azul (DF), para onde os suspeitos foram encaminhados.
Entenda o caso
O que era um princípio de incêndio em uma residência se revelou um crime bárbaro que assustou os moradores de Pedregal, região próxima à cidade de Novo Gama, no entorno do Distrito Federal. Um casal de transexuais foi encontrado carbonizado e com as cabeças decapitadas na madrugada desta segunda.
A polícia e os bombeiros foram chamada por moradores da região que avistaram um princípio de incêndio na residência onde moravam o casal de transexuais, José Dalvanei Alves Pereira, de 30 anos, e a companheira conhecida como apenas como Camila. Vizinhos contaram que eles viviam juntos a cerca de um ano e tinham uma relação tranquila, mas que na noite de domingo (23/12) houve confusão dentro da casa. "O casal estaria reunido com outras duas pessoas que agora são os principais suspeitos do crime. Um deles, inclusive, tem ligação com o tráfico de drogas", explicou o sargento do 10º Batalhão da Polícia Militar, Inácio Nunes da Silva.
O Corpo de Bombeiros foi chamado para controlar o fogo, que acabou destruindo completamente a casa. No interior da residência foram encontrados dois corpos carbonizados e decapitados. Cerca de 30 minutos depois, os moradores encontraram duas cabeças nas proximidades da residência. As cabeças não estavam queimadas, o que possibilitou o reconhecimento das vítimas. A família de José Dalvanei esteve no local, mas os parentes de Camila ainda não foram localizados. Por isso, a polícia ainda não identificou o verdadeiro nome do jovem.
Os corpos seguiram para o Instito Médico Legal (IML). De acordo com o sargento Inácio Nunes, o crime pode ter caráter homofóbico, mas as possibilidades de uma briga por motivo fútil ou rixa ligada ao tráfico de drogas não são descartadas, já que são caracetristicas fortes da região.
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