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Desmobilização de ativos

Empresa pode economizar até 25% terceirizando frota, diz economista

Serviço é opção viável em tempos de crise | 11.07.17 - 16:05 Empresa pode economizar até 25% terceirizando frota, diz economista (Foto: divulgação)
 
Mônica Parreira
 
Goiânia – Em meio à crise econômica e diante da necessidade de corte de gastos, uma prática já consolidada no mercado internacional surge como solução: a terceirização de frota. Em entrevista exclusiva ao jornal A Redação, o economista Aurélio Troncoso afirmou que a alternativa pode gerar uma economia de até 25%. De acordo com ele, a desmobilização de ativos na área de transportes é uma prática bastante adotada no exterior, mas o brasileiro ainda encara como novidade.
 
Quando superintendente do Instituto Mauro Borges, há cerca de dois anos, Aurélio realizou um levantamento para avaliar qual alternativa seria mais viável ao poder público, se comprar ou alugar veículos. “Levamos em conta que a frota sofre depreciação, precisa de manutenção e, em alguns casos, equipamentos específicos. Sem contar que em algum momento precisará ser renovada. Colocando tudo isso na ponta do lápis, a terceirização se torna economicamente viável”, explicou.
 
Aurélio defende uma mudança nacional de posicionamento, tanto na gestão pública como no setor privado. “Em países de primeiro mundo não há órgão público com equipamentos próprios. A mesma tendência pode ser observada em empresas privadas. Essa economia média de 25% que a terceirização de frota oferece também vale para o setor privado. Agora mais do que nunca, por causa da crise econômica, o dinheiro de uma empresa não pode ser imobilizado. Não é hora de comprar, mas de locar”, avaliou o economista.
 
Setor registra crescimento
Empresas especializadas em locação de veículos têm registrado aumento da procura por clientes. Como consequência, cresce também a aquisição de veículos para atender à demanda. Quem confirma essa mudança é o diretor do Grupo Saga, Sérgio Maia. “Cerca de 22% das vendas da empresa são destinadas ao setor de locação. Há um ano esse número era de 15%”, disse.
 
Além de Goiás, o Grupo Saga possui concessionárias no Mato Grosso, Maranhão, Minas Gerais e Distrito Federal. O crescimento da procura de veículos por parte de locadoras é perceptível em todos os Estados em que atua. “É um segmento muito próspero, e que vem crescendo a cada ano”, comentou o diretor da Saga. 
 
“Frota própria só vale a pena se a empresa tiver estrutura e precisar em grande escala. Do contrário, é mais vantagem terceirizar. Um veículo sofre a depreciação de 20% ao ano, e esse é só um dos custos que o empresário está sujeito em caso de ter frota própria. Além disso, o aluguel traz o benefício fiscal, pois pode ser deduzido do Imposto de Renda”, opinou.
 
A ITA Transportes é uma parceira de longa data do Grupo Saga. De acordo com o diretor executivo Márcio Palmerston, a primeira frota da empresa - de 50 Fuscas na década de 1970 - foi adquirida em uma das concessionárias. “Depois de 46 anos, a gente percebe que o mercado está mais suscetível às mudanças. Prova disso é o crescimento da própria empresa. Todo ano a ITA renova parte da frota, adquirindo 500 novos veículos”, comentou.
 

Márcio Palmerston (Foto: A Redação - arquivo)
 
A empresa goiana é especializada em locação, terceirização e gestão de frota. Em virtude da crise econômica e consequente revisão de custos das empresas, a ITA Transportes está desenvolvendo um planejamento estratégico na tentativa de mudar a cultura de posse, ainda muito forte no país. “Até 2015, 99% da receita da ITA era proveniente do setor público. Nossa meta é atingir pelo menos 10% do setor privado até o ano que vem. Nesse meio tempo, já atingimos metade da meta”, comemorou.
 
“As empresas estão passando por certa dificuldade financeira, tentando rever custos, fazendo contas para buscar uma forma melhor de utilizar recursos. O que a gente oferece é isso, uma opção para desmobilizar ativos. Ou seja, terceirizando a frota, o empresário passa a se concentrar na atividade fim, é economicamente viável para ele”, completou.
 

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