Entre os mais influentes da web em Goiás pelo 12º ano seguido. Confira nossos prêmios.

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351

Entrevista exclusiva

Goiana que participou do musical do Michael Jackson fala sobre dança urbana

Lunna Gomes integra a Quasar Cia de Dança | 30.08.16 - 14:12 Goiana que participou do musical do Michael Jackson fala sobre dança urbana (Foto: divulgação)
A Redação 

Goiânia -
Em uma cultura flexível, com a ideia de que tudo pode somar, as danças urbanas crescem diariamente e agora ganham também as academias, no que é chamado de Old School: Looking, Popping, House, Breaking, Free Style, Waacking e Vogue. Além disso, agora é incluído ainda, por senso comum, Video dance, Stiletto, Dancehall e, em breve a fusão entre contemporâneo e danças urbanas: o contemporary fusion, que pode também se transformar em um estilo. Para falar sobre os ritmos, o Jornal A Redação entrevistou Lunna Gomes, bailarina goiana que já participou do musical do Michael Jackson, o Thriller Live Brasil e esteve em Nova Iorque, onde participou de aulas na Broadway Center, Peridance, Steps on Broadway, EXPG.
 
Neste mês de agosto, Lunna, que agora integra a Quasar Cia de Dança ministrou aulas abertas por meio do Fundo de Arte e Cultura, pelo Das Los Grupo de Dança. As aulas foram oferecidas gratuitamente e fazem parte de uma série de oficinas que serão ministradas até o início do próximo ano. As próximas aulas, de ballet clássico, serão com a Maitre cubana Leydi Escobar. As inscrições ainda estão abertas e os interessados podem enviar e-mail para: daslosgrupodedanca@hotmail.com com nome, telefone, onde faz aulas, qual estilo e se participa de algum grupo.

Confira a entrevista completa: 
 
Jornal A Redação: Hoje você integra o elenco da Quasar, mas tem forte estilo de danças urbanas. Como começou sua carreira?
Lunna Gomes: Comecei a dançar com cinco anos de idade na academia Studio Dançarte em Goiânia. Lá tive contato com ballet clássico, jazz, sapateado e também danças urbanas. Os 15 anos, entrei pra Cia. Rhema de dança e teatro (da igreja Luz Para os Povos) e lá comecei a desenvolver um estilo de aulas, viajando por todo o Brasil. Depois comecei a investir mais no contemporâneo com a Cia. Quasar Jovem e algumas participações na Cia. Quasar. Morei um ano em São Paulo pra dançar no musical do Michael Jackson, o Thriller Live Brasil, com turnê em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Ainda em São Paulo participei da Cia. Aderson Coutto, também no contemporâneo. Em seguida, retornei para a Cia. Quasar Jovem, com diferentes trabalhos.
 
A.R.: Você passou um tempo em Nova Iorque, como foi a experiência?
L.G.: Passei seis meses em Nova Iorque para aprender a cultura, a dança e a língua. Lá foquei muito nos dois estilos que sou muito apaixonada: Danças Urbanas e Contemporâneo. Além disso, também desenvolvi um estilo que também já conhecia e era apaixonada que é o Zouk. Sempre gostei de dança de salão, então também me misturei nesses estilos. Fui lá mais que buscar dança, mas claro que estando lá, não podia não dançar! Fiz aulas nas principais academias, tais como: Broadway Center, Peridance, Steps on Broadway, EXPG, com aulas com grandes professores. Mas o estilo que tomou a minha atenção foi o Contemporry Fusion que é exatamente a mistura linda entre o contemporâneo e os elementos das danças urbanas. Esse foi o estilo que ministrei na oficina com o Das Los.
 
A.R.: As Danças Urbanas são muitas e, a cada dia, sofrem novas influências. Quais são os mais conhecidos?
L.G.: São realmente muitos e cada vez surge mais. É uma cultura flexível, com a ideia de soma. Isso foi, inclusive, tema da minha monografia. Como me formei há seis anos, em licenciatura em Educação Física pela Universidade Estadual de Goiás, muita coisa já mudou. Os estilos mais famosos dentro dessa cultura linda são: Looking, Popping, House, Breaking, Free Style, Waacking, Vogue (esses estilos são dentro do que chamar de old school). Hoje incluímos por senso comum também o Vídeo Dance, Stiletto, Dancehall, e outros novos que surgem por ai. Ultimamente tenho visto muito a mistura dos elementos das danças urbanas com o contemporâneo.
 
A.R.: No Brasil, como você analisa o espaço ocupado pelas Danças Urbanas?
L.G.: O Brasil tem Bailarinos maravilhosos!!! A maior dificuldade da arte no país, em minha opinião, é investimento. Talento e feeling, nós temos de sobra. As danças urbanas têm ocupado um lugar mais comercial ultimamente, o que possibilita uma maior divulgação. Apesar disso, acredito que a comercialização da arte a transforma e essa é outra discussão, muito ampla. O bom é que sendo comercial ganha mais espaço com o público. Temos sim muita técnica e sentimento aqui, mas sempre precisamos evoluir. Meu conselho é: quando pensar que não precisa mais, pare de dançar! Algo estático não pode ser dança.
 

(Foto: divulgação)
 
A.R.: Para quem dança ballet há anos, é complicado aprender uma dança considerada urbana?
L.G.: Na verdade é sempre difícil fazer algo novo. Eu tenho certeza que o ballet é muito difícil nos primeiros contatos, ou qualquer outro estilo. Se um corpo se acostuma a se mexer de um jeito por anos, com certeza pra ele se mexer de outro vai ser um desafio. Mas o grande lance é exatamente desenvolver uma consciência corporal. Eu fui muito abençoada de ter a oportunidade experimentar muitos estilos quando era criança, mas é só agora que consigo escolher e selecionar os "chips" dos diferentes estilos no meu corpo. E quando entendi que quanto mais informações eu tiver mais domínio vou ter, comecei mesmo a investir em aulas de diferentes estilos. Todas que surgirem. O pensamento é: mesmo que eu não execute com perfeição determinado estilo, algum elemento meu corpo vai reter. É como aprender mais uma palavra pro meu vocabulário. Em algum momento vou conseguir fazer uma frase com mais precisão e criatividade.
 
A.R.: Como você acredita que a dança pode crescer no país?
L.G.: Quem sou eu pra responder essa pergunta? Sou uma simples bailarina que dança num país sem placo e sem cochia, mas não ligo, por que eu amo as ruas também. Eu acredito que o país cresce quando o ser que vive nele também cresce. Então se cada um fizer sua parte dá pra ser melhor. Apesar disso, sei que não é assim tão simples!

Comentários

Clique aqui para comentar
Nome: E-mail: Mensagem:
Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351