Entre os mais influentes da web em Goiás pelo 14º ano seguido. Confira nossos prêmios.

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351

Entrevista

"Se eu quiser lançar uma música amanhã, eu lanço", dispara Leoni

Cantor faz show gratuito nesta quinta-feira | 22.01.14 - 10:21 "Se eu quiser lançar uma música amanhã, eu lanço", dispara Leoni Leoni diz que fará show gratuito e dançante no Passeio das Águas, nesta quinta (Foto: divulgação)
Yuri Lopes

Goiânia - Leoni canta, compõe, toca guitarra e se preocupa com os rumos do Brasil. O cantor fará em Goiânia, nesta quinta-feira (23/1), no estacionamento do Passeio das Águas Shopping, show de estreia do projeto Passeio Cultural. Intitulado de #comomudaromundo?, a apresentação será formada por sucessos e por músicas com letras de cunho político.

Mas calma, não pense que o cantor fará um "showmício" para a plateia. Em entrevista ao jornal A Redação, por telefone, Leoni afirmou que vai priorizar as músicas mais conhecidas da carreira, com uma pitada do projeto atual, que estreou em março do ano passado, no Rio de Janeiro.

Ele também comentou sobre suas preferências musicais, do hábito de correr ouvindo música, das futuras parcerias e da atual fixação por música africana. "Será um show animado, bem dançante, mais guitarra do que violão, bem mais rock do que baladinha", adiantou ele.

Confira a seguir a íntegra da entrevista:

A Redação - O show de Goiânia se chama de #comomudaromundo? O que te levou a escolher este tema para a apresentação?

Leoni - Esse show estreou em março do ano passado e tem um cunho mais político, não partidário, mas que fala do País, só que de forma menos clichê. Pouca cousa q sobressai é de fato intencionalmente político. O que eu quero é ouvir as pessoas. O nome do show é uma pergunta, não é eu dando instruções de nada; é um diálogo.

E qual foi a motivação para criar um show mais político?
De repente a gente percebe que existe um embate de classes velado, essa coisa de adorar marcas, o rolezinho. Minha ideia foi usar músicas que tivessem temática mais social e política. Acabei escrevendo duas musicas especiais pra o show, que são: As Coisas Não Caem do Céu (por conta das manifestações de junho do ano passado) e Gentileza Gera Gentileza (que aborda a internet e essa coisa toda dos haters e não tem cunho mais político). Em alguns lugares eu cito o Facebook, que evidenciou isso de que falar na cara é sinceridade. Eu discordo, eu acho que isso, do jeito que é feito nas redes sociais, é agressividade. Também abordo o ativismo de rede, onde o cara só compartilha os links e não participa de nada e acha que com isso já está sendo político. Nunca coloca a mão na massa. Se você não colocar  a mão na massa, nada muda.

E você usa alguma rede social? Quais?
Uso muito tudo. Hoje em dia, sem gravadora, que faria a interface entre público e artista, eu me sinto obrigado a estar conectado. O público está direto na internet. Por isso uso muito meu site, Twitter, já usei Orkut, quando ele era relevante, e Facebook.

Como você avalia a atual fase da sua carreira, tendo como comparação sua passagem pelo Kid Abelha e pelo Heróis da Resistência?
Me sinto muito mais maduro, competente, canto melhor e toco melhor. Meu caminho não está acabado, não vejo isso. Aí mesmo em Goiânia, quero me encontrar com o Booragins. Gosto muito da cena nova de música no Brasil. Estou sempre querendo compor com gente nova, não me sinto com vontade de descansar, pelo contrário, de aprender, renovar. Não gosto de shows só com sucessos. Percebo que o público anda menos ousado do que já foi. Eu ia ver show pra conhecer coisas novas, mas agora o pessoal vai pra ouvir o que já conhece.

Você citou as parcerias. Já tem alguma música em parceria com algum artista?
Estou preparando faixas com participações da Zélia Duncan e Frejat. Ainda sou parceiro do Jorge Israel, com quem gravei o Noite Perfeita. Ontem mesmo (a entrevista foi feita na segunda (20)), a gente fez show na praia de Ipanema, em homenagem ao Cazuza.

Você tem muitas composições guardadas? O que pretende fazer com elas?
Agora mesmo comecei a lançar umas demos, onde toco os instrumentos e lanço, uma vez por mês, uma música inédita no meu perfil no Soundcloud. Daí aviso no Facebook e o pessoal ouve, baixa. Esse projeto se chama Promessas de Gaveta, nome que foi escolhido pelos fãs que participaram de uma votação on-line. Algumas destas faixas eu vou gravar com banda, e lançar, talvez um EP, quem sabe?. A vantagem de não estar ligado a nenhuma gravadora é que sou livre. Se eu quiser lançar uma música amanhã, eu lanço. [Este projeto] Não vai tocar na rádio, já que isso é caro, é jabá mesmo, e eu não quer o entrar nisso. Quero fazer só pra quem eu tenho certeza de que vai querer escutar.

No livro Letra, Música e Outras Conversas você entrevistou alguns artistas. Não pretende fazer uma continuação do livro, ou outro projeto literário?
Eu preparo a segunda edição do livro. O Alvin L. fez uma grande entrevista comigo. Agora depende de eu rever a entrevista e mandar para editora. Para a versnao do e-book, vou disponibilizar vários áudios. Você clica e ouve o Renato Russo cantando um trecho que é citado no livro.

E como são seus hábitos com música? Você ouve em casa, no carro...?
Escuto muita música quando estou correndo. Eu corro todos os dias, daí eu faço listas de artistas que descubro nestes serviços de streaming. Não compro mais disco. Leio as coisas nas revistas, entro nesses serviços e vou ouvindo. Tô ouvindo agora umas 60 de artistas novos. Nem compro no iTunes, ouço no YouTube, Spotify, Soundcloud, Rdio.

Atualmente, o que você ouve enquanto corre?
Sou de fases. Às vezes escuto blues  e escuto só blues. Agora tô ouvindo muita música africana, tipo Fela Kuti. Alguns rifs de guitarra que aprendi e vou usar no show de Goiânia eu aprendi ouvindo essas músicas. Mas eu também adoro os clássicos, como  Beatles e Rolling Stones.

Você é muito lembrado pelos hits Garotos. Te incomoda ser associado, depois de ter feito tantos outros trabalhos, a essa música?
Ser lembrado por ter feito uma música de sucesso é muito melhor do que não ser lembrado. Garotos associam bastante comigo. Não tem nada parecido na carreira. Ela tem que estar no show. Mas de forma aluma me incomoda.

E como será o show desta quinta? Será mais focado em sucessos ou nas músicas do projeto atual?
Leoni - Como é show aberto, gratuito e para público muito variado, vou tocar mais sucessos. Show com ingresso pago é pra quem conhece mais meu trabalho. Vou incluir um pouco de coisa nova, não tanto quanto nos outros shows, mas vai ter um medley, que será empolgante. 

Comentários

Clique aqui para comentar
Nome: E-mail: Mensagem:
  • 22.01.2014 14:53 Carlos

    matéria...

  • 22.01.2014 14:53 Carlos

    coluna sobre a alteração da lei do Fundo de Cultura: tem?

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351