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Eleno Mendonça
Eleno Mendonça

Jornalista, consultor de imagem e diretor da Eastside23 Comunicação Corporativa / elenomendonca@uol.com.br

Para entender a economia

A responsabilidade da notícia

| 03.07.19 - 11:08
São Paulo - Há no ar uma persistente má vontade com o atual governo. Há na mídia um momento em que o distanciamento da realidade, dos fatos, pode comprometer a credibilidade de um veículo, por mais tradicional que ele seja e por mais tempo que exista construindo sua própria reputação. A má condução de um grupo pode afugentar o seu público mais fiel. Por isso o recomendável, sempre, na prática do bom jornalismo, é trabalhar da forma mais imparcial possível. Até porque as pessoas são inteligentes e não querem que tirem conclusões por elas. Querem olhar as informações e chegar elas próprias às suas conclusões.
 
Mas porque estou escrevendo isso? Porque recentemente tivemos alguns exemplos de determinadas mídias agindo nesse sentido. Muitos esperavam o fracasso no acordo Mercosul – União Europeia, trabalhavam com o iminente desastre da presença de Bolsonaro no G20, no Japão, e tenderam a dar força meio exagerada ao vazamento das conversas entre Sergio Moro e os procuradores. Nesses casos, quem está a favor dessa linha de notícia, claro, vai apoiar, quem está contra vai fugir desse tipo de interpretação e notícia.
 
O certo é que mesmo não sendo o campeão do chamado politicamente correto, Bolsonaro fez coisas positivas nos últimos dias. Os mercados financeiros, que são termômetro desse sentimento, aprovaram e reagiram positivamente, e a situação de Moro está longe de caracterizar o fim da Lava Jato e muito menos a revisão das penas até aqui impostas aos réus.
 
O que isso significa então? Significa que em algum momento, caso queiram manter níveis de audiência e leitores, em nome da saúde financeira, esses veículos terão de dar uma guinada e voltar a fazer jornalismo. Me refiro também aos que atuam na outra ponta, diametralmente na posição oposta, na defesa intransigente e pouco crítica em relação ao governo.
 
Quando surgiram as redes sociais e as mídias digitais, que permitem a informação em real time, as pessoas passaram a consumir notícia de forma mais rápida, de forma simultânea. Ampliou-se o conhecimento e o pensamento crítico. Por isso todo mundo tem opinião sobre tudo. Por isso rapidamente por exemplo conseguem identificar uma fake news.
 
O que é muito bom. É importante para a democracia e para a condução do País que isso exista. Se algo não corresponde à realidade, se há exagero para um lado ou para o outro, as pessoas percebem e passam a olhar com desconfiança para veículos e certos “jornalistas”. Coloco aqui entre aspas porque quando um jornalista passa a atuar de forma tendenciosa perde, para mim, esse status profissional, vira uma pessoa comum que faz política e usa seus espaços de formador de opinião para tentar convencer os outros de suas teses. É como discutir futebol na padaria. Fala-se um monte de bobagens, discute-se, mas todos saem rindo e ninguém leva a sério.

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