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Eleno Mendonça
Eleno Mendonça

Jornalista, consultor de imagem e diretor da Eastside23 Comunicação Corporativa / elenomendonca@uol.com.br

Para Entender a Economia

Um País à espera da reforma

| 06.06.19 - 16:50
São Paulo - Talvez escaldados e às voltas com seus próprios problemas, os filhos do presidente dão sinais de que deram uma trégua. Do ponto de vista da comunicação, o Brasil agradece. Também há tempos o guru e filósofo, que não se sabe até hoje de onde desencavaram, não dá o ar da graça. Outro ponto positivo para o governo. Fica então apenas o presidente a fazer, digamos, coisas pouco recomendáveis. O País segue a cantilena da falta de perspectiva, o PIB não para de cair e as projeções já falam num magro 0,5% este ano.
 
Ou seja, estamos vivendo mais um ano perdido. E o pior é que não vemos muita luz à frente. O governo, ao que tudo indica, colocou todas as fichas, certamente bem poucas entre as disponíveis, na Previdência. De novo, a aprovação não será a redenção para nada, não mudará nada. Talvez no médio e longo prazo se tenha apenas um pouco mais de estabilidade para planejar com dinheiro em caixa alguma saída para fazer a roda girar.
 
O certo é que a roda está quase parando. As pessoas estão nas ruas, no Uber, no 99, no Rappi, no iFood, na indústria dos patinetes, ou seja, estão todos sem direitos trabalhistas, mas se virando para sobreviver. Imaginem se não houvesse essas empresas, essas novas tecnologias? Onde iriam parar milhões de pessoas que hoje vivem graças a isso? Eu acredito até que o desemprego só não mostra sua face mais cruel, expressa em saques e mais violência, graças a essas válvulas de escape.
 
Bem, mas o governo disse que irá liberar o FGTS. Acho que tem mais é que fazer isso. O FGTS é como uma poupança. É como se você fosse guardando um pouquinho todos os meses num saco e depositasse na pior aplicação do mundo. Sim, o FGTS corrige muito pouco seu saldo. Bem, então porque não permitir aos titulares usarem essa grana num momento agudo como este? Se entra esse dinheirinho, as pessoas podem pagar ao menos as contas, se programar para comprar coisas básicas e se segurar até que haja melhores ventos, se é que um dia irão existir.
 
Mas para que não haja o ingresso rápido de capital na economia, ela dê um soluço e volte à estaca zero ou negativa, afundando a cara no chão, é preciso ter a estabilidade, é preciso que o avião embique o nariz para cima, como que querendo voar. Esse é o pensamento do ministro Paulo Guedes. Todos os dias eu rezo. Rezo por mim, pelos meus filhos e minha esposa, pelos meus familiares e amigos. Rezo para que aprovem logo essa reforma, que venha a tributária, que os políticos pensem mais no povo e parem de fazer guerrinha. Bolsonaro poderá reeleger-se sim, se as reformas passarem, mas se segurarem a aprovação com interesse meramente político ou com a intenção de voltar à política do tomaladacá, é possível que o povo não resista e, aí, pode não haver nem interessados em assumir o que está pela frente. Pensem muito nisso.

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