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Eleno Mendonça
Eleno Mendonça

Jornalista, consultor de imagem e diretor da Eastside23 Comunicação Corporativa / elenomendonca@uol.com.br

Para entender a economia

Do que ri tanto o presidente?

| 12.04.19 - 15:26
O presidente Jair Bolsonaro aprontou de novo. Uma hora é a golden shower, outra é o ataque desnecessário a políticos, noutros momentos são os filhos que cumprem esse papel. O certo é que todos os dias ele surpreende negativamente. Até quando? Hoje foi a vez de interferir no preço do diesel. Sem nenhuma habilidade ele segurou o preço do combustível para agradar caminhoneiros. Ora senhor presidente, essa prática é ultrapassada, é antiga, afeta a maior empresa do País, prejudica tudo, afeta o emprego de muitos. Tratar preços livres com manipulação foi uma política do passado que já provou que não deu certo.
 
Com toda paciência do mundo tentei analisar os 100 primeiros dias. Primeiro começa com o ar pouco sério de Bolsonaro. Ele ri até para falar de coisas sérias, com a mudança da embaixada em Israel, do holocausto e outros temas. Do que ri o presidente? É o caso de perguntar. O Brasil está em frangalhos, quando não é a crise política são os tropeços da economia, isso para não falar com o seu enorme pé gelado, que atrai todo tipo de catástrofe, pé de pato, mangalô três vezes. Sua equipe de comunicação é péssima. O porta-voz é fraco, empolado, não sabe falar e não passa credibilidade. Usa termos antiquados e fora de moda.
 
A comunicação por exemplo não pode ser via pelo twitter. Nem ele é o Trump nem tem discernimento para escolha de temas. Perdeu por exemplo a chance de se solidarizar com a família do rapaz que foi alvejado com 80 tiros no Rio. Foi uma falha tremenda do Exército? Sim, um erro que custou uma vida e uma família destruída e marcada para sempre. Faltou sensibilidade a Bolsonaro.
 
Outra coisa: como pode um ministro da Fazenda se autodeclarar incompetente para conduzir politicamente a reforma da previdência e, mais, ir ao exterior e dizer com todas as letras inglesas que o presidente é contra a reforma, mas sabe que ela é necessária? Há coisas que se sabe embora verdadeiras não se diz, sob pena de se produzir coisas negativas. Não cabe também ao presidente dizer que não sabe nada de economia ou que não explica como virou presidente.
 
Bem, o certo é que passamos de 3 meses e quase nada aconteceu. Por isso, não sei sinceramente do que ri o presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e ministério. Eu estaria com cara de medo, preocupação, estaria com uma seriedade em demasia, com o semblante fechado. O que será que ele e seus mais próximos analisam sobre o Brasil. A sensação é que há um deslumbramento, um encantamento com o poder que ainda não passou. Talvez isso pudesse passar com uma análise de como está o povo, desiludido, sem esperanças, sem perspectiva, comendo mal, vestindo mal, sem assistência médica. Bolsonaro foi eleito com um discurso de que caminhávamos para uma venezuelização e exatamente isso está ocorrendo. Tá um mundo de gente na rua fazendo bico, pedindo, sem assistência de nada, entregues ao Deus dará.
 
O povo está feito, triste. É isso que queremos? Na minha modesta avaliação, falta braço forte, comando, cada um atira para um lado, o vice fala mal dele o tempo todo, o critica e entrega seus atos numa boa, como se nada estivesse ocorrendo. Esse cenário, senhor presidente, pode ficar pior. Vocês estão sem direção, sem projetos, sem base política. Se um ministro tido como forte, como Guedes ou Moro, resolver pular fora do barco a encrenca será ainda maior. Pensem nisso antes de abrirem um largo sorriso para tudo.
 
 

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