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Elìna Borges

A audácia da esperança

| 26.03.24 - 17:01
Tenho observado o quanto os humanos – adolescentes, jovens e adultos, têm demonstrado nos seus comportamentos, falas e atitudes a falta de esperança. Parece não ter motivos, causas, objetivos claros para as suas vidas. Vivem à moda do “deixa a vida me levar”. Será isso um reflexo da modernidade? Das facilidades tecnológicas? Do consumo exacerbado do séc. XXI? Parece-me que as pessoas esqueceram-se da filosofia, da poesia ou de que existe um sentido mais profundo para a existência humana.

A esperança faz parte da natureza humana, afinal foi a única coisa que restou na caixa de Pandora. Esperança, segundo os dicionários, significa “fé no futuro, confiança, expectativa otimista”. Mas que futuro? O futuro que você deseja ver, viver e ajudar a construir. Observe que todas as grandes transformações que ocorreram na evolução da humanidade foram resultantes de grandes causas, grandes ideais e idealistas. Pessoas que sonharam e foram capazes de realizar seus sonhos. Qual é a sua causa? Quais são seus ideais? A maioria dos indivíduos não os tem. Não posso deixar de lembrar Cazuza “ideologia, eu quero uma pra viver”. Todos nós precisamos de causas, ideais e objetivos para viver. Ao contrário, passaremos pela vida, mas não viveremos.

A desesperança é própria dos medíocres, dos egoístas e dos pobres de espírito. A esperança é antes de tudo a crença em você mesmo, na humanidade e no universo. Aqueles que só veem os seus próprios interesses, que só pensam em dinheiro e em tirar vantagem de tudo não são capazes de realizar nada ou muito pouco.

Os esperançosos, os que fizeram diferença são os que sonharam e pensaram no coletivo, porque a melhor forma de melhorar a sua vida é melhorando a vida de todos.  Nós vivemos integrados e interdependentes, não existe forma de vida isolada que se baste.
A diferença entre vencedores e perdedores é que os primeiros sonham, anseiam e realizam. Não ficam a esperar milagres. Eles fazem acontecer.

A esperança é a sensação de autonomia sobre o próprio destino, de construção da própria vida, de uma nação ou de um povo. Todos nós clamamos por um tipo diferente  de sociedade e de ser humano! É a “audácia da esperança”, no dizer de Barack Obama. É a crença eterna de dizermos que nada é impossível, que nós podemos.
             
É necessário refletir sobre nós mesmos. Fazer uma viagem interior e verificar quem você é, quais os seus sonhos, o que você já fez na vida, qual é o sentido da vida para você. É preciso buscar um ‘porquê’. Quando se tem um ‘porquê’ fica fácil suportar o ‘como’, segundo Nietzsche. 
             
Martin Luther King Jr.  dizia que “Se um homem não descobriu algo porque morrer, ele não está preparado para viver”. Ele sabia, tinha causa e transformou a história dos negros americanos. Hoje, algumas décadas depois da sua luta, já tivemos  um negro presidente dos USA. 
               
Tudo é possível quando se sabe o que quer. Todo vento lhe será favorável. O universo vai conspirar a seu favor. Mas lembre-se: é preciso ter coragem. É preciso ser audacioso. É preciso acreditar e dizer: eu posso, nós podemos. 
 
Elìna Borges: Mestre em Engenharia da Produção, Especialista em Gestão Estratégica de Marketing, Administradora. Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, Psicóloga.Consultora de Negócios, Palestrante e Escritora.
 

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