Théo Mariano
Goiânia - Goiás é o Estado brasileiro com maior taxa de incidência por 100 mil habitantes de casos do novo coronavírus, segundo o último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, no início de novembro. Os
dados são referentes à semana do dia 24 ao dia 30 de outubro. Conforme apontam os números, o Estado registrou uma marca de 122,8 infectados a cada 100 mil habitantes, seguido de Espírito Santo (103,4) e Paraná (84,2).
No entanto, o Estado de Goiás registrou pela primeira vez, desde o início da divulgação do mapa de calor para monitorar o avanço da covid-19, todas as regiões goianas fora de alguma das situações crítica ou de calamidade. No
mapa, disponibilizado pela Secretaria de Estado de Saúde e atualizado pela última vez no dia 5 de novembro - costumeiramente é divulgado com novos números às sextas-feiras -, é possível ver todas as zonas de análise na cor amarela.
Imagem à esquerda mostra o mapa da última semana, com apenas uma região em situação crítica; e à direita, o mapa desta semana, com todas as regiões em situação de alerta. (Foto: Reprodução via SES-GO)
Ainda assim, em relação aos outros Estados, os números de Goiás, apesar de estarem em queda, ainda figuram proporcionalmente entre os mais altos. Quando se fala, por exemplo, da taxa de mortalidade, a cada 100 mil habitantes, o número registrado é de 1,8 - quinto maior do País, atrás apenas de Paraná (2,8), Distrito Federal (2,6), Espírito Santo (2,2) e Rio de Janeiro (2). Durante a semana citada, entre os dias 24 e 30 de outubro, Goiás notificou 8.735 casos do novo coronavírus e 129 mortes pela doença.
De acordo com o consórcio da imprensa, que atualiza dados sobre a covid-19 direto com as secretarias de Saúde estaduais, Goiás é o 19º Estado no ranking da vacinação contra a covid-19, quando considerado o esquema vacinal completo (com duas doses ou dose única) - cerca de 47,5% da população imunizada. Para se ter uma noção, em comparação a São Paulo (69,46%), que lidera a lista no País, a diferença é de quase 22%.
Enfermeira inicia processo para aplicação de dose da vacina contra a covid-19. (Foto: Reprodução via Gov.Br)
Em entrevista ao jornal
A Redação na última semana, o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, afirmou que ao menos
700 mil pessoas estão atrasadas para receber a segunda dose da vacina contra a covid-19 no Estado. Ismael lista alguns fatores como possíveis causas para essa demora: “alguns têm noção errada de que estão totalmente imunizados com a primeira dose, outros porque reclamam dos efeitos colaterais da vacina, e também aqueles que não acreditam no imunizante”.
Também ao
AR, Alexandrino disse, na última semana, que uma possível flexibilização sobre o uso de máscaras é planejada apenas para quando Goiás atingir a marca de
70% da população com esquema vacinal completo. O titular da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) explicou que a “cautela” também é baseada em experiência de outros países, como por exemplo nações do leste europeu, que flexibilizaram mais cedo as restrições sobre uso das máscaras e agora pagam com possibilidades de novas ondas.