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Relatório será apresentado na Alego | 05.10.16 - 14:13
Ana Carla Abrão apresentou números à imprensa (Foto: Humberto Silva)
Mônica Parreira
Goiânia – Sob o argumento de que Goiás ainda passa por uma reversão de desequilíbrios, a secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, apresentou nesta quarta-feira (5/10) as contas do Estado referentes ao segundo quadrimestre de 2016. O relatório detalhado de gestão fiscal, que mostra superávit primário de R$ 1,8 bilhão, será apresentado ainda hoje na Assembleia Legislativa.
O superávit é a diferença entre receitas e despesas. O dado apresentado pela secretária significa dizer que o Estado arrecadou mais do que gastou. No primeiro quadrimestre (janeiro a abril), o superávit foi de R$ 1,3 bilhão. "Os números de Goiás estão muito positivos, mostram a realidade do reajuste", disse.
Durante café da manhã com a imprensa, na sede da Sefaz, a economista lembrou as medidas que o Estado adotou, sobretudo a partir de 2014, para enxugar a máquina e diminuir os impactos da crise econômica. Mas reforçou que ainda há fontes de desequilíbrio. “A foto do momento é muito positiva, mas o filme ainda é complicado”, ilustrou ao dizer que a dívida do Estado supera a marca dos R$ 18,8 bilhões.
“Nós incorporamos a dívida da Celg, de R$ 1,9 bilhão em valor nominal, mas ela chega a R$ 2,4 bilhões quando incorpora os juros, e isso fez com que a dívida do Estado aumentasse, mas ainda está muito abaixo dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. O limite é de duas vezes a receita. A gente chegou a uma vez a receita”, disse a secretária.
Perspectivas
Sobre gastos com pessoal, de acordo com os dados apresentados, Goiás fechou o segundo quadrimestre do ano no limite prudencial (56,98%). Em outras palavras, está dentro do limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 60%.
Em virtude de reajustes, a secretária da Fazenda indicou que a folha deve crescer até o final do ano, não sendo possível fazer uma previsão de como Goiás vai fechar as contas de 2016. "A folha cresceu em torno de 6%, agora a gente incorpora os aumentos das categorias, que foram adiados no ano passado, e isso vai fazer com que ela cresça".
Já a expectativa para o ano que vem, Ana Carla resumiu que é de um orçamento realista. “O ano de 2017 será mais positivo em função da recuperação da economia, que nós acreditamos que virá, e também de esforços de equilíbrio para que nós consigamos fomentar o desenvolvimento, o investimento. Mas é um orçamento muito realista e que vai exigir a necessidade de contermos os gastos e fazermos nosso esforço de aumento de receita”.