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ECONOMIA

Confiança da indústria goiana recua em outubro, segundo levantamento da Fieg

Resultado revela ambiente de incerteza | 16.10.25 - 18:27 Confiança da indústria goiana recua em outubro, segundo levantamento da Fieg Confiança da indústria goiana recua em outubro, segundo levantamento da Fieg (foto: divulgação)

A Redação

Goiânia
- O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de Goiás atingiu 46,4 pontos em outubro de 2025, segundo levantamento da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) divulgado nesta quarta-feira (16/10). O resultado mantém o indicador abaixo da linha dos 50 pontos, limite que separa confiança de falta de confiança, revelando um ambiente de prudência e incerteza entre os industriais goianos.
 
De acordo com o estudo, o Indicador de Condições Atuais, que mede a percepção dos empresários sobre o momento presente, recuou para 41,8 pontos, reforçando a leitura de deterioração nas condições de negócios. Entre os fatores que pesam sobre o setor estão custos elevados de produção, margens comprimidas e demanda menos aquecida, o que tem limitado a expansão da atividade industrial e o avanço dos investimentos.
 
Por outro lado, o Indicador de Expectativas — que avalia a percepção sobre os próximos seis meses — alcançou 48,8 pontos, abaixo da faixa de otimismo, mas sinalizando leve melhora em relação ao presente. Esse movimento indica que os empresários goianos veem possibilidade de estabilização ou recuperação gradual no curto prazo, apoiados por sinais de controle inflacionário e expectativas de queda progressiva das taxas de juros.
 
“O resultado mostra que o empresário goiano segue cauteloso, avaliando o cenário com prudência diante da combinação de custos ainda elevados e atividade econômica moderada. Apesar disso, há uma percepção de que o pior momento pode ter ficado para trás, especialmente diante de um possível ciclo de redução de juros e do avanço de políticas voltadas ao crédito e à retomada do consumo”, analisa Cláudio Henrique Oliveira, assessor econômico da Fieg.
 
No acumulado de 2025, o ICEI de Goiás apresenta trajetória de leve oscilação, sem avanço consistente desde o início do ano. Após alcançar 50,1 pontos em setembro, o índice voltou a cair, evidenciando a fragilidade da confiança e a dependência de um ambiente econômico mais previsível e favorável à produção.
 
Construção mantém cautela - No segmento da construção, o ICEI de Goiás marcou 47 pontos em outubro, também abaixo da linha de confiança. O Indicador de Condições Atuais, em 46 pontos, mostra avaliação negativa sobre o momento presente, enquanto o Indicador de Expectativas, em 47,6 pontos, aponta leve melhora, porém ainda dentro da faixa de pessimismo.
 
O desempenho reflete o impacto de custos de insumos, restrições de crédito e demanda mais lenta por novas obras, fatores que têm levado o setor a adotar postura mais conservadora e ajustes de ritmo nas atividades.
 
Panorama nacional - O comportamento do ICEI goiano acompanha a tendência observada no cenário nacional. De acordo com dados divulgados segunda-feira (13/10) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o ICEI do Brasil avançou em outubro, mas permanece há dez meses abaixo dos 50 pontos, o que indica manutenção do pessimismo entre os empresários da indústria.
 
Segundo a CNI, a confiança ainda é contida pela percepção de demanda fraca, custos elevados e incertezas em relação ao ambiente econômico e político. Apesar disso, o crescimento marginal do indicador nacional sugere que as empresas começam a enxergar sinais de estabilização, reforçando a mesma tendência identificada entre os industriais goianos.

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