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SAÚDE

Pacientes relatam caos e falta de estrutura no CRDT em Goiânia

Usuários denunciam filas e desinformação | 23.06.25 - 15:48 Pacientes relatam caos e falta de estrutura no CRDT em Goiânia Centro de Referência em Diagnóstico e Tratamento (CRDT) de Goiânia (foto: Carolina Goos)
A Redação 

Goiânia
Pacientes que procuraram atendimento no Centro de Referência em Diagnóstico e Tratamento (CRDT) de Goiânia, nesta segunda-feira (23/6), relataram caos e falta de estrutura no funcionamento temporário da unidade, que opera no Centro de Saúde Cidade Jardim. Segundo usuários, após cinco dias de recesso pelo feriado de Corpus Christi, o retorno dos serviços foi marcado por filas extensas, distribuição desorganizada de senhas e ausência de orientações, agravando a situação de quem depende do fornecimento de medicamentos de uso contínuo.
 
Conforme usuários, a farmácia responsável pela liberação de medicamentos para diversos tratamentos voltou a funcionar com equipe reduzida e sem o preparo necessário para lidar com a alta demanda registrada logo após o feriado.
 
Mais de 20 pessoas aguardavam informações do lado de fora da unidade na manhã desta segunda-feira (23/6), sem saber como o atendimento seria realizado. As senhas foram distribuídas de forma aleatória nos corredores, com retenção de documentos, gerando revolta e confusão entre os usuários.
 
"Não sabíamos para onde ir. Cada um dizia uma coisa. Ficamos em fila sem saber se iríamos ser atendidos", contou uma paciente que preferiu não se identificar.
 
Usuários também reclamam que, desde que o atendimento do CRDT foi transferido para a nova unidade, há mais de 15 dias, nenhum aviso oficial foi enviado aos pacientes. Nem mensagens por celular, nem e-mails. 
 
Uma funcionária, que pediu anonimato por temer represálias, relatou o impacto psicológico sobre a equipe e os usuários:
“No primeiro dia, tínhamos mais de 60 pessoas esperando do lado de fora. Nada funcionou. Foi dramático, física e emocionalmente. Uma tragédia para ambas as partes.”
 
Outra servidora, da área da farmácia, questionou a demora na convocação de profissionais da saúde já aprovados em concurso:
“Tem verba, tem assinatura. Por que não chamam os concursados e o cadastro de reserva? Precisamos de equipe e estrutura para garantir adesão ao tratamento e à prevenção. Esses pacientes são estigmatizados, não podem ser tratados como uma simples postagem nas redes sociais.”
 
Entre os problemas mais graves relatados está a ausência de espaços adequados para triagem inicial, o que compromete o atendimento de situações sensíveis, como casos de violência ou relações sexuais recentes. De acordo com servvidores, o laboratório, improvisado na sala de vacinação infantil, causa desconforto e restrições para ambas as equipes.
 
“O local está muito desorganizado, não há um fluxo de atendimento definido. Estamos sem condições de trabalhar com dignidade e os pacientes estão desassistidos.”, completou outra servidora.
 
A Secretaria Municipal de Saúde ainda não se manifestou oficialmente sobre as denúncias. Enquanto isso, o serviço essencial segue funcionando em condições precárias, colocando em risco a saúde e o bem-estar de centenas de pessoas que dependem do atendimento diário do CRDT.

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